Bolsas dos EUA recuam com perspectiva mais fraca sobre estímulos fiscais nos EUA

O Dow Jones fechou em queda de 1,44%, enquanto o S&P 500 recuou 1,63% e o Nasdaq caiu 1,65%. Os índices acionários de Nova York fecharam em queda acentuada nesta segunda-feira (19), pressionados pela expectativa cada vez mais forte de que os Estados Unidos não aprovarão novos estímulos fiscais antes da eleição presidencial, marcada para o dia 3 de novembro.
O Dow Jones fechou em queda de 1,44%, a 28.195,42 pontos, enquanto o S&P 500 recuou 1,63%, a 3.426,92 pontos, e o Nasdaq caiu 1,65%, a 11.478,88 pontos. Os índices chegaram a abrir em alta, mas devolveram os ganhos ainda durante a manhã desta segunda.
Durante o fim de semana, a presidente da Câmara dos Deputados dos EUA, a democrata Nancy Pelosi, disse que a Casa Branca tem até terça-feira (20) para chegar a um acordo com o seu partido. Se o prazo acabar sem acordo, as negociações em andamento dificilmente produzirão uma ampla legislação de ajuda nas próximas duas semanas.
“O presidente Trump adoraria ter um pacote de estímulo antes da eleição”, disse Michael Mullaney, diretor de pesquisa de mercados globais da Boston Partners. “Mas não há vantagem política para Pelosi assinar qualquer coisa antes das eleições.”
Poucos investidores acreditam que um acordo será assinado antes da eleição, mas alguns agentes de mercado ainda tinham alguma esperança de ver algum tipo de alívio até lá, o que parece cada vez mais improvável.
A aposta majoritária agora é de que uma vitória de Joe Biden para a Casa Branca e uma maioria em ambas as câmaras do Congresso americano acabará resultando em um grande pacote de estímulo, disse Mullaney, embora ele tenha acrescentado que tal resultado eleitoral poderia, em última instância, diminuir os retornos do mercado devido a impostos mais altos.
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Com os receios sobre a falta de estímulos fiscais nos EUA, a sessão, hoje, foi de perdas generalizadas em Wall Street, com todos os 11 setores do S&P 500 fechando em queda hoje. O único setor que fechou com perdas de menos de 1% foi o de serviços de utilidade pública, enquanto, na ponta negativa da sessão, as ações de energia recuaram 2,10%.
O pessimismo crescente reforça ainda a preocupação dos investidores com uma nova aceleração do ritmo de contaminações por covid-19 na Europa e nos EUA.
China
Juntas, as preocupações com a falta de estímulos e com a segunda onda da pandemia mais do que compensaram os dados econômicos positivos da China.
Os dados divulgados pelo país durante a madrugada de hoje indicam que o PIB chinês cresceu 4,9% no terceiro trimestre, na comparação anual. Apesar de ter ficado abaixo da expectativa de consenso de 5,3%, o número ainda coloca o país na trajetória para recuperar o ritmo de crescimento visto antes da pandemia.
PIB da China cresce 4,9% no terceiro trimestre