Bahia é recordista de finais no Nordestão; relembre os 3 títulos

O Vitória é, atualmente, o time com o maior número de títulos da Copa do Nordeste, mas pode ganhar um companheiro no topo dessa lista em breve. Dono de três taças, o Bahia medirá forças com o Ceará na decisão de 2020, que terá jogos neste sábado (1º), às 16h, e na terça-feira (4), às 21h30, ambos em Pituaçu. Caso ganhe no agregado, o Esquadrão se tornará tetracampeão e, assim, empatará com o Leão.
(Um breve parênteses: o Vitória se proclama pentacampeão porque inclui na soma o Troféu José Américo de Almeida Filho de 1976, que teve caráter regional. No entanto, da Copa do Nordeste, torneio cuja primeira edição foi disputada em 1994, o rubro-negro tem quatro títulos).
Finalista da vez, o tricolor sabe bem o que é enfrentar uma final do torneio regional. É do Bahia o recorde de finais do torneio regional disputadas: com a edição deste ano, são oito participações. Os três titulos vieram em 2001, 2002 e 2017. Em 1997 e 1999, perdeu para o Vitória. Em 2015, caiu para o Ceará. E, em 2018, para o Sampaio Corrêa.
A classificação deste ano desempatou a contagem, já que o rubro-negro chegou a sete decisões: os quatro títulos em 1997, 1999, 2003 e 2010 e os vice-campeonatos de 1998 (para o América-RN), 2000 (Sport) e 2002 (Bahia). Com cinco finais no currículo, o Sport é tricampeão (1994, 2000 e 2014) e foi derrotado em 2001 e 2017 (ambas para o Bahia).
O Ceará está na sua terceira chance de levantar a taça do Nordestão. Conquistou uma vez em 2015, em cima do Bahia, e ficou em segundo em 2014, derrotado pelo Sport.
O Campinense vem aparece em seguida, com duas disputas por título – venceu em 2013 e perdeu em 2016. Fortaleza (2019), Santa Cruz (2016), América-RN (1998) e Sampaio Corrêa (2018) participaram, cada um, de uma só final e foram campeões. Já ABC, ASA, Botafogo-PB, CRB e Fluminense de Feira também fizeram uma decisão, porém foram derrotados.
Títulos do Bahia
A primeira taça do Nordestão conquistada pelo Bahia foi em 2001. Após bater o Fortaleza por 2×1 na semifinal, o Esquadrão queria apagar as tentativas frustradas de 1997 e 1999 e, finalmente, se consagrar campeão. Para isso, teve o apoio de 65.834 torcedores pagantes diante do Sport na Fonte Nova – o recorde de público, até hoje, do torneio.
Preto Casagrande abriu o placar aos 23 minutos com um golaço. Aos 42, Nonato, artilheiro do time à época, ampliou, para delírio da torcida. O Sport, porém, voltou melhor para o segundo tempo e conseguiu marcar com Leomar, aos 12 minutos. Mas nada de desânimo: o Bahia foi para cima e conseguiu os 3×1 com Nonato, de novo, aos 30. O placar seguiu até o fim e a primeira taça chegou.
No ano seguinte, mais uma final – dessa vez, contra o arquirrival Vitória. Diferentemente de 2001, a decisão foi dividida em dois jogos, com o primeiro acontecendo na Fonte Nova. O clássico levou ao estádio 64.689 torcedores pagantes (o segundo maior público da história do Nordestão) e o time do Bahia não se decepcionou a maioria tricolor na arquibancada.
Aos 22 minutos, Nonato botou o Esquadrão com a vantagem no placar. Porém, nove minutos depois, Samir aproveitou um cruzamento e, de cabeça, empatou. Sérgio Alves recolocou o tricolor na frente aos 35 e, aos 24 minutos do segundo tempo, Róbson, o Robgol, deixou o dele e o Bahia ganhou de 3×1.
Na partida de volta, no Barradão, Robson Luís abriu o placar para o Vitória. Nonato empatou e Fernando, de pênalti, recolocou o rubro-negro na frente. Faltando cinco minutos para o fim do duelo, Nonato marcou de novo e o jogo acabou em 2×2. Com a vantagem da ida, o Bahia se tornava bicampeão.
O terceiro – e, por enquanto, último – título do Bahia na Copa do Nordeste veio 15 anos depois, em 2017, em cima do Sport. No primeiro jogo da final, na Ilha do Retiro, o Esquadrão saiu na frente com Juninho, aos 11 minutos do segundo tempo. Mas o xará dele do Leão pernambucano, que tinha saído do banco, também marcou, aos 35 da mesma etapa, e empatou. O 1×1 ficou até o fim e a decisão se manteve aberta para a Fonte Nova.
No duelo de volta, o empate sem gols bastaria ao Bahia. Mas, diante de sua torcida na Arena Fonte Nova, o tricolor conseguiu a vitória com um gol aos 12 minutos marcado por Edigar Junio, após receber de Armero, driblar Durval e encobrir Magrão. O próprio jogador voltou a balançar a rede no segundo tempo, mas o lance foi anulado por impedimento. O 1×0 persistiu até o fim e o Esquadrão voltou a ser o melhor do Nordeste.