Araci: laudo indica que água distribuída pela Embasa é segura para consumo
O laudo com o resultado de análise ampla de parâmetros de potabilidade realizada pelo Laboratório Central da Embasa em amostras de água coletadas no dia 16 de setembro, na saída do poço (manancial), na unidade de tratamento e na rede distribuidora de água que atende Lagoa do Boi, Lagoa dos Cavalos e Jurema, no município de Araci, atesta que a água distribuída pela Embasa nessas localidades está em conformidade com os parâmetros de potabilidade exigidos pelo Ministério da Saúde.
Na semana passada, um bebê de 1 ano e 8 meses residente do povoado de Lagoa do Boi morreu e mais de 20 pessoas da mesma localidade (quase todas crianças) foram internadas com suspeita de contaminação pela água, segundo a Secretaria de Saúde local.
Segundo a assessoria da Embasa, o trabalho de coleta realizado pela companhia, no dia 16, também contemplou os açudes existentes em Lagoa do Boi e Lagoa dos Cavalos, fonte alternativa utilizada por parte da população.
A análise das amostras de água bruta coletada nesses açudes mostrou valores elevados para Coliformes Totais e Escherichia Coli, indicando risco em termos microbiológicos para consumo direto da água desses mananciais sem tratamento prévio. Além desses parâmetros, Alumínio Total, Ferro Total e Manganês também apresentaram valores alterados em relação ao que determina o Ministério da Saúde para água potável.
Contágio por rotavírus
Diante do anúncio da Secretaria de Saúde de Araci do contágio por rotavírus pelas pessoas que apresentaram sintomas seguidos de hospitalização, entre os dias 9 e 11 de setembro, os resultados de qualidade da água apresentados pelo laboratório da Embasa confirmam a segurança da água distribuída pela empresa, pois, de acordo com a Organização Mundial de Saúde, o rotavírus não sobrevive por mais de 30 minutos em água com teor de cloro de 1mg/litro e a água distribuída pela Embasa apresenta teor de cloro superior a 1mg/litro, além de passar mais de 30 minutos no sistema, entre a unidade de tratamento e o reservatório de distribuição, até chegar à casa dos usuários.
Para o superintendente de Operação da Região Norte, Raimundo Neto, o resultado das análises descartam a hipótese da água distribuída pela Embasa ser um vetor de contágio. “A Embasa vai continuar apoiando, no que puder, as vigilâncias sanitárias do Município e do Estado na investigação sobre as causas do contágio por Rotavírus no município e, após oficializar a entrega dos laudos ao poder público e obter os resultados do Lacen, vai iniciar o processo de retomada do abastecimento de água tratada nessas localidades, pois é uma garantia de saúde para a população.
Parâmetros analisados
Os parâmetros que constam no laudo formam o padrão microbiológico, padrão de substâncias químicas que representam risco à saúde, padrão de cianotoxinas e padrão organoléptico (cor, entre outros) definidos pelo Ministério da Saúde no Anexo XX da Portaria de Consolidação No. 05/2017. As informações são da assessoria da Embasa.