Após 5 altas consecutivas, confiança do comércio cai em outubro, aponta FGV
Empresários estão mais cautelosos com a sustentabilidade da recuperação econômica, aponta pesquisador. O Índice de Confiança do Comércio (ICOM) caiu 3,8 pontos em outubro, passando de 99,6 para 95,8 pontos, interrompendo uma sequência de 5 altas consecutivas, informou nesta segunda-feira (26) a Fundação Getulio Vargas.
“O resultado é fruto da combinação de queda tanto dos indicadores sobre o presente, quanto sobre os próximos meses. Apesar do resultado negativo na ponta, a percepção sobre o ritmo de vendas no mês segue mais positiva, acima dos 100 pontos. Por outro lado, a significativa queda das expectativas mostra que os empresários estão se tornando cada vez mais cautelosos com a sustentabilidade da recuperação. A falta de confiança do consumidor e a incerteza sobre o período pós programas de auxílio do governo, parecem contribuir para esse sinal de alerta”, afirma Rodolpho Tobler, Coordenador da Sondagem do Comércio da FGV IBRE.
Confiança do consumidor tem primeira queda desde maio, aponta FGV
Em outubro, a confiança caiu em todos os seis principais segmentos do comércio, com piora tanto percepção do momento presente quanto nas expectativas. O Índice de Situação Atual (ISA-COM) recuou 1,5 ponto, para 105,1 pontos. Já o Índice de Expectativas (IE-COM) caiu 5,8 pontos para 86,6 pontos, registrando o maior valor desde o início da pandemia.
Recuperação desigual entre os segmentos
Apesar do resultado de outubro mostrar recuo da confiança, o Índice de Situação Atual se mantém 12,5 pontos acima do nível pré-pandemia e segue avançando em médias móveis trimestrais.
Essa percepção positiva sobre o volume de vendas no presente, porém, não tem sido disseminada em todos os setores, sendo mais positiva nos últimos meses nos segmentos de revenda de veículos e motos, material para construção e móveis e eletrodomésticos, enquanto lojas de tecidos, vestuário e calçados enfrentam maior dificuldade.
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