Amar e perder é melhor do que não ter amado; veja vídeo
Tudo o que aprendi até aqui sobre o amor foi amando, pois o amor ensina, conduz, me torna melhor dentro das novas possibilidades. Por amor eu quero tanto que, muito vezes, me perco. Perco amores antigos, perco a hora, deixo o tempo passar e no final, fica sempre uma lição: a gente sempre se ajusta por entre as histórias que começam e terminam deixando sementes de experiências na estrada.
Hoje eu amo, mas o amor do outro não me pertence. Eu sei do que sinto, mas não tenho garantias sobre o sentimento de mais ninguém. Ter a consciência disso é libertador. Deixa qualquer relacionamento mais leve, intenso e bonito. O amor existe dentro de mim e eu tenho a possibilidade de aproveitá-lo ao máximo. O resto é cuidado e colheita.
Tem uma cena do filme ‘Closer, perto demais’ em que a personagem da Natalie Portman indaga ao seu ex parceiro após ele dizer que a ama: “Onde? Cadê esse amor? Eu não o vejo. Não posso tocar nele. Eu não sinto. Eu te ouço, escuto umas palavras… mas não posso fazer nada com suas palavras vazias “. E na verdade é tudo isso resumindo o que escrevo agora.
Não temos o controle de nada, só do que sentimos. Só nos resta amar, nos entregar e viver sem tentar sabotar esse sentimento lindo dentro da gente. É amando que vamos aprendendo, nos aperfeiçoando, tentando não errar tanto quanto erramos um dia com uma outra pessoa.
Muitas vezes vamos perder. Vai doer, vai machucar. Vai desidratar de tanto chorar. Vamos amar alguém que não era pra ser nosso. E diante de tudo o que já vi, ouvi e vivi eu posso te dizer: Amar e perder é melhor do que não ter amado.
*Edgard Abbehusen é escritor, compositor, redator, baiano, criador de conteúdo afetivo e autor de livros; Ele publicará textos exclusivos aos domingos no site do CORREIO a partir do dia 21 de junho. Acompanhe Edgard no Twitter e Instagram