Alagoas volta a registrar queda nas mortes por Covid-19 após semanas em alta, aponta relatório


Estado é oitavo do Brasil com menos óbitos causados pelo novo coronavírus na última semana segundo pesquisadores da Ufal. Relatório do Observatório Alagoano de Políticas Públicas para o Enfrentamento da Covid-19 aponta queda no número de mortes causadas pelo novo cornavírus em AL
Alissa Eckert, MS; Dan Higgins, MAM/CDC/Handout via Reuters
Os dados da pandemia em Alagoas indicam que o estado voltou a registrar diminuição no número de mortes por Covid-19 após duas semanas de aumentos no índice. A constatação foi divulgada nesta segunda-feira (19) no relatório do Observatório Alagoano de Políticas Públicas para o Enfrentamento da Covid-19, da Universidade Federal de Alagoas (Ufal).
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“A tendência é de que essa queda aumente na próxima semana. A diminuição foi discreta mas houve, o que muda a tendência de alta observada nas duas semanas anteriores”, disse o coordenador do Observatório, Gabriel Bádue.
Na 42ª Semana Epidemiológica, de 11 a 17 de outubro, o estado apareceu como oitavo estado com menos óbitos causados pelo novo coronavírus. Os que tiveram registro de mais casos foram Pará, Acre, Amapá, Pernambuco, Santana Catarina, Ceará e Maranhão. A análise é feita a partir dos dados do Ministério da Saúde.
A taxa de incidência de Alagoas foi de 1,2 óbitos para cada 100 mil habitantes na última semana. A menor incidência no estado foi registrada em Maceió, 0,69 óbitos para cada 100 mil habitantes. A maior foi em Arapiraca com 2,59 mortes na mesma proporção de habitantes.
As duas únicas regiões que registraram aumento de óbitos em relação a semana anterior foram a 1ª Região de Saúde, com seis óbitos a mais que a semana anterior, e a 8ª Região de Saúde, com três mortes a mais.
O estado repetiu o comportamento da semana anterior em relação aos novos casos, voltando a registrar a menor incidência de casos novos entre todos estados, 17 casos para cada 100 mil habitantes. Pernambuco registrou 31 casos para cada 100 mil habitantes e o Maranhão, 33 casos para cada 100 mil habitantes. Esse resultado indica indícios de controle da pandemia em Alagoas.
Casos suspeitos preocupam pesquisadores
No estudo os pesquisadores do Observatório questionam o número de casos suspeitos, que continuam muito altos. Eles alegam que casos suspeitos sem testagem podem distorcer a real situação da pandemia em Alagoas.
“Considerando que o último boletim de testes divulgado pela Sesau indica a disponibilidade de cerca de 6.500 testes rápidos e 43 mil kits para RTPCR em estoque, o que justifica a manutenção do número de suspeitos nesse nível?”, diz o Observatório no estudo.
O G1 questionou a Sesau às 17h45 sobre o número alto de casos suspeitos mesmo diante de testes em estoque e aguarda posicionamento.
Ocupação de leitos
O relatório mostra que mesmo com a redução dos leitos exclusivos para Covid-19, que começou na 41ª Semana Epidemiológica, a ocupação de leitos de UTI permanece estável. A taxa de 38%, do dia 17 de outubro, mostra que a capacidade está muito acima da margem de segurança recomendada pelo Comitê Científico de Combate ao Coronavírus.
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