Ainda é cedo para falar em ‘volta ao normal’, diz secretário Jean Gorinchteyn

Com mais de 5 milhões de casos confirmados da Covid-19, as autoridades de saúde não escondem a preocupação com o aumento do número de pessoas nas ruas durante os feriados prolongados. A preocupação é grande também com a proximidade do fim do ano, uma vez que muitos brasileiros demonstram a intenção de retomar as viagens. O presidente Jair Bolsonaro defende necessidade da volta à normalidade. Na semana passada ele voltou a defender a retomada das aulas presenciais e a volta da torcida nos jogos de futebol.

O Ministério da Saúde, porém, continua alertando para a necessidade de se manter a chamada “etiqueta respiratória” com o uso de máscaras, por exemplo. O secretário de Saúde de São Paulo, Jean Gorinchteyn não esconde a preocupação e afirma que ainda é cedo para achar que dá para voltar à vida normal. “É muito importante que as pessoas ainda tomem consciência de que estamos no meio do caminho. Nosso normal só vai acontecer quando tivermos a população imunizada”, disse. A vacina contra a Covid-19 só deverá estar disponível no ano que vem. Na melhor das possibilidades, algumas pessoas poderão ser imunizadas ainda este ano.

O Ministério da Saúde admite que, como ainda são necessários estudos, o cronograma deve atrasar. Ainda não está nem definido quem vai receber a vacina primeiro. À princípio, a prioridade deve ser de pessoas com comorbidades, profissionais de saúde, idosos, professores e profissionais da segurança. O Ministério afirma que deverão comprar 265 milhões de doses da vacina. Em um primeiro momento, a meta é imunizar 10% da população. Segundo a pasta, com 50% a 60% da população imunizada o país poderá adquirir a tão esperada imunidade de rebanho — mas isso deve demorar. Por isso, a recomendação é de que o serviço médico deve ser procurado assim que surgirem os primeiros sintomas da doença.

*Com informações da repórter Luciana Verdolin