Água invade caixa subterrânea da Coelba e provoca fumaceiro no Comércio
A fumaça branca já saía do chão da Avenida Reitor Miguel Calmon quando o gari Caio Palmeira, 27 anos, chegou no Comércio, às 6h, para iniciar mais um dia de trabalho. A cena assustadora para desavisados já é comum para o jovem que afirma que o problema é recorrente. “Começou a ter isso ainda esse ano. Acontece mais quando chove e não é só nesse ponto em frente à Drograria São Paulo, mas também na frente do antigo prédio do Salvador Card”, disse.
Segundo a administradora do Condomínio Edifício Belo Horizonte, Vivian Santos, 45 anos, só nessa semana, é a segunda vez que a fumaça sai da mesma caixa de rede subterrânea da avenida. “É ruim, pois as pessoas chegam no prédio assustadas, com medo de algo explodir, por exemplo. Alguns param para olhar, tiram fotos, vídeos. É um transtorno. Seria bom que eles resolvam isso logo”, disse.
Foto: Arisson Marinho/CORREIO |
Na primeira vez que o problema aconteceu, ainda esse ano, Vivian disse que ligou para o Corpo de Bombeiros, com medo do que poderia vir a acontecer. “Mas então eles disseram que era com a Coelba. Depois, um técnico deles vieram aqui e explicaram que não precisávamos no preocupar, que não era algo perigoso, era vapor de água. Eles só precisavam drenar a água que o vapor acabava”, disse.
Segundo Vivian, geralmente, os técnicos passam cerca de três a quatro horas para resolver o problema, após. Por volta das 9h, dois carros da Coelba e um da Transalvador ainda estavam no local, mas já não saía fumaça da caixa. Eles tiveram que interrditar uma das três faixas da avenida e o ponto de taxi.
Em nota, a Coelba informou que o vapor d’água mostrado na imagem foi provocado pela inundação de uma caixa de rede subterrânea, na Avenida Miguel Calmon, no Comércio, no início da manhã desta sexta-feira (21). Ao entrar em contato com os componentes elétricos, houve aquecimento da água e, consequentemente, a evaporação. “Técnicos da concessionária realizam o bombeamento da água e já constataram que não houve danos aos equipamentos elétricos”, acrescenta o comunicado da concessionária.
Uma pessoa que trabalha no local e não quis se identificar disse que essas interdições ainda não geram engarrafamentos, pois o fluxo na avenida está reduzido por causa da pandemia. “Meu comércio também não é afetado, pois é algo rápido. Eu também já estou acostumado, não medo, pois sei do que se trata, sei que não é perigoso”, afirmou.
*Com orientação da chefe de reportagem Perla Ribeiro