Polícia corrige informação e nega prisão de assassino do ator Rafael Miguel
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O delegado-geral de Polícia de São Paulo, Ruy Ferraz Fontes, corrigiu a informação de que o empresário Paulo Cupertino Matias, acusado de matar o ator Rafael Miguel e os pais dele, foi preso no Paraná nesta quarta-feira (28). Segundo Fontes, a Polícia Militar do Paraná irá anunciar que se confundiu e que Cupertino não foi preso no norte paranaense.
O CORREIO foi um dos veículos que divulgaram a informação equivocada e, pelo erro, pede desculpas.
O próprio delegado Fontes havia divulgado mais cedo que o assassino havia sido preso.
Na segunda-feira (26), a Polícia Civil descobriu que Cupertino fez uma identidade com uma certidão de nascimento falsa em Jataizinho, no norte do Paraná. Ele estava usando nome falso de “Manoel Machado da Silva” como um disfarce para se esconder.
No dia que fez o pedido de nova identidade, o acusado usou um endereço de Ibiporã, cidade vizinha a Jataizinho. Além do nome falso, a certidão também constava nomes diferentes dos pais dele e teria como origem a comarca de Rio Brilhante (MS). Os dois documentos foram cancelados, segundo o portal G1.
Rafael ao lado dos pais; os três foram assassinados (Foto: Reprodução) |
Segue foragido
Paulo Cupertino está foragido desde que cometeu o crime em junho de 2019, em São Paulo. O servidor que permitiu a emissão do documento falso foi ouvido pela Polícia Civil na segunda-feira (26). No depoimento, o homem disse não se lembrar de quando fez a identidade e que não sabia do caso.
Além disso, a Polícia Civil informou que solicitou ao Instituto de Identificação do Paraná a documentação apresentada para o requerimento da identidade. O caso é investigado.
Crime
Rafael, que tinha 23 anos, foi morto a tiros em 9 de junho de 2019. O pai e a mãe dele, João Alcísio Miguel, 52, e Miriam Selma Miguel, 50, também foram mortos. Os três teriam ido até a casa de Isabela para conversar com Paulo sobre o relacionamento de Rafael com a garota. Ainda no portão, Paulo pegou uma arma e disparou contra os três.
Em junho, quando o crime completou um ano, a jovem Camilla Miguel, irmã de Rafael e filha de João e Miriam, fez um vídeo comentando. Ela disse que conversa com os três por sonhos e que ainda não superou a tragédia que aconteceu com sua família.
“A raiva, o ódio e a tristeza não tomam conta, mas obviamente não significa que a gente tenha superado. Eu só sinto vocês de uma forma muito bonita e gostosa, como se estivessem aqui… Queria falar com cada um de vocês e lembrar”, diz a jovem.