Claudia Leitte lança projeto online e diz: “é fundamental priorizar a saúde nesse momento”
Depois de ficar afastada dos palcos por conta da gravidez, a cantora Claudia Leitte retornou no fim do ano passado para os palcos, e trouxe junto com ela a primeira parte do projeto Bandera Move. Agora, depois já ter apresentado a parte inicial no Carnaval de 2020, lança o Bandera Move Parte 2, onde dá continuidade estilo pop latino com um toque de funk.
Considerado por ela um projeto sem fronteiras, a cantora define essa segunda parte como um disco muito alegre, com música que inspira o movimento e a dança. “Quero que transbordem o amor”, diz. Entre as principais faixas do álbum está o lançamento com o MC Zaac, batizado de Rebolada Bruta. Sobre a parceria, Claudia acredita que ela chegou no momento certo, e destacou os looks e as cores no videoclipe já disponível na internet.
Sobre o momento que os artistas vêm passando com a pandemia de coronavírus e os diversos cancelamentos de shows e turnês, a baiana lamenta que muitos profissionais, além dos cantores, precisam parar de trabalhar, mas lembra: “Mas é fundamental priorizar a saúde nesse momento e tentar minimizar todas as dificuldades que estão chegando junto ao coronavírus. Se cada um que puder fizer um pouco conseguiremos auxiliar uns aos outros”, diz.
Na entrevista, Claudia Leitte conta sobre os planos para os próximos meses, como está passando o período de isolamento e detalha as características da segunda parte do Bandera Move.
CORREIO: Em outubro foi lançada a primeira parte do Bandera Move, que você apresentou como um projeto sem fronteiras. Como é essa segunda parte?
Claudia: Trago músicas inspiradoras e alegres, assim como na primeira parte. Está bem massa! Por ser, além de um álbum, um projeto dividido em duas etapas, o objetivo central desde o começo é o de promover através da música a reflexão das pessoas sobre tudo aquilo que as move. Quero que as pessoas se divirtam, dancem e transbordem amor.
CORREIO: Entre as canções desse novo álbum, quais são os destaques? Continuam apostando nesse pop latino?
Claudia: Eu amo cada faixa que está nesse projeto. Todas tem um significado especial para mim. Neste momento em especial estou lançando como single Rebolada Bruta em parceria com o MC Zaac, que tem uma pegada mais funk. Eu também já havia revelado como aperitivo a faixa Pulsação. É uma música que cantei em um show e tomou vida própria por todo o Carnaval. Não poderia deixar de fora dessa parte final do álbum.
Capa da segunda parte do Bandera Move (Foto: Divukgação) |
CORREIO: Também será lançado um clipe inédito com MC Zaac. Fala mais sobre essa parceria e como foi o processo de produção.
Claudia: Foi incrível. O Zaac é um talento sensacional, além de ser uma pessoa iluminada e muito educada. Além de cantar, ainda faz composições envolventes, como a própria Rebolada Bruta. Para o clipe quisemos trazer uma proposta diferente, mais conceitual em termos de cores e looks. Por isso deixei a direção a cargo de Jacques Dequeker, que tem um olhar ímpar desse universo.
CORREIO: Na primeira parte do Bandera você já havia comentado do conceito que visa o protagonismo feminino. Isso continuou no Carnaval também, né? E como será mostrado nessa continuação?
Claudia: Segue presente. Na própria Rebolada Bruta, apesar de ser uma música para dançar, também possui uma letra que reforça a liberdade da mulher, inclusive, de poder dançar da forma que quiser.
CORREIO: Diversos artistas vêm passando por momentos delicados (como o cancelamento de shows) em decorrência da pandemia de Coronavírus. Como ficará sua agenda em 2020? Já tem um planejamento para lidar com esse momento?
Claudia: Esse é um momento diferente e inesperado para todos os artistas, mas não só para nós, como também para milhares de trabalhadores, incluindo aqueles que já estão desempregados. Ninguém planejou passar por isso. Mas é fundamental priorizar a saúde nesse momento e tentar minimizar todas as dificuldades que estão chegando junto ao coronavírus. Se cada um que puder fizer um pouco conseguiremos auxiliar uns aos outros.
“Esse é um tema que deveria ser permanente. E se alguém não gostar, tchau, tchau”, diz a cantora sobre o protagonismo feminino no projeto
CORREIO: O que tem aproveitado para fazer com esse tempo em casa? Tem ajudado de alguma forma a criar músicas ou um projeto futuro?
Claudia: Sim, além de Bandera Move, também já tenho pensado em projetos futuros. Além disso, tenho ficado com a minha família e procurado interagir com o meu público através da música e de mensagens.
CORREIO: E não tem como não perguntar da sua família, principalmente pelos filhos e por seus pais. Como está sendo a rotina de precaução? Está no Brasil?
Claudia: Esse vírus chegou de forma rápida a todos os lugares. Ainda assim estamos todos monitorando uns aos outros. Estou em casa, com minha família, e tem sido uma quarentena que serve, além do controle do avanço de casos no mundo, para refletirmos ainda mais sobre o que podemos fazer e o que devemos aprender com essa situação. Além disso, estamos tomando todas as medidas dos órgãos de saúde para a nossa prevenção.
CORREIO: Acredita que toda essa conexão online (com lives individuais e festivais organizados a partir do Instagram) ajude a classe artística a superar esse momento de crise? Qual sua visão sobre essa grave situação? As tecnologias de fato ajudam?
Claudia: O objetivo é poder colaborar com a saúde mental das pessoas e ser uma forma de levar entretenimento e cultura ao promover momentos de respiro a tudo que estamos vivendo. As tecnologias auxiliam a promover essa conexão, mesmo que cada um em sua casa. Usada de forma positiva, temos um aliado para passar por tudo isso.