O inquérito sobre a morte do menino Lucas Antônio de Jesus, de apenas 8 anos, ocorrida no dia 29 de janeiro deste ano foi concluído. A informação foi dada pela assessoria de comunicação da Polícia Civil durante esta terça-feira (29).

Segundo o delegado Robervaldo Davino, do 6º Distrito Policial e presidente do inquérito, a empresa de fornecimento de energia elétrica Equatorial foi responsabilizada por não ter estrutura para atender casos dessa natureza. O gerente operacional da empresa foi indiciado por homicídio culposo.

No depoimento, o gerente afirmou que a empresa tem uma norma para este tipo de ocorrência. No entanto, o delegado entendeu que o procedimento adotado não atende a necessidade da população, o que pode acabar gerando casos como o de Lucas Antônio.

“Esse já é o segundo caso com vítima fatal nessa região. Foram negligentes, pois demoraram para realizar o atendimento da ocorrência. Se essa é uma norma da empresa, de acordo com o relato do funcionário, ela é prejudicial para a população. Em razão da falta de cuidado a empresa foi responsabilizada e o gerente operacional indiciado por homicídio culposo, quando não há intenção de matar”, disse Robervaldo Davino.

O inquérito policial foi enviado ao Ministério Público no último dia 22 deste mês.

Em contato com a assessoria de comunicação da Equatorial. A empresa, no entanto, afirmou que não vai comentar o caso. Confira nota na íntegra:

A Equatorial Alagoas informa que, por não ter sido comunicada oficialmente sobre a conclusão do Inquérito, não irá comentar o caso. Apenas após tomar conhecimento do teor do documento avaliará a situação para, então, adotar as medidas cabíveis.

O caso

Lucas Antônio de Jesus, de 8 anos, morreu no dia 29 de janeiro, no bairro de Riacho Doce, Litoral Norte de Maceió. Ele foi vítima de descarga elétrica provocada por um fio de um poste que estava partido e caído no chão, próximo a um campo onde crianças da comunidade brincam.

Na ocasião, moradores da localidade informaram que foram realizadas diversas ligações para a Equatorial informando da queda do fio e pedindo que o reparo fosse feito, mas que teriam demorado à atender a ocorrência.

Ainda de acordo com testemunhas, foram as equipes da empresa que levaram a criança até a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) no bairro do Jacintinho, mas o menino acabou não resistindo e morreu na unidade de saúde.