Covaxin: mais uma crise fabricada para tentar atingir Bolsonaro
Um deputado inexpressivo no Congresso Nacional protagoniza uma denúncia midiática contra uma das vacinas encomendadas pelo Governo Bolsonaro.
O deputado em questão é Luís Claudio Miranda (DEM-DF), irmão do chefe de importação do Ministério da Saúde, Luís Ricardo Miranda. Luís Claudio coletou indícios de que havia irregularidades na compra da Covaxin e tentou usar as informações para chegar ao presidente Jair Bolsonaro. Como foi ignorado, levou a “crise” para as mãos da oposição e para a mídia.
O Governo Federal firmou um contrato para a compra de 20 milhões de doses da Covaxin, uma vacina indiana fabricada pela Bharat Biotech. Uma das falácias levantadas pela oposição diz respeito ao preço de cada vacina.
A mídia e a oposição divulgaram amplamente que a Covaxin custa US$ 1,34 e que o preço contratado pelo Brasil seria 1.000% maior. A informação é terminantemente falsa! O Brasil contratou a vacina por US$ 15,00, mas a fabricante afirmou que o preço é tabelado e que é o mesmo valor pago por todos os 13 países que firmaram contrato. Além disso, mesmo na Índia, único lugar onde o valor é subsidiado, as vacinas foram vendidas por US$ 5,30.
Outra falácia divulgada é que o tempo de negociação da Covaxin foi de “apenas” 97 dias. Enquanto o da Pfizer tinha sido de 330 dias. Porém, a divergência ignora que o contrato com a Pfizer começou a ser negociado em um período em que todas as vacinas ainda eram experimentais e o Brasil ainda estava estabelecendo os protocolos para aquisição emergencial das vacinas.
Mais contraditório ainda é que a oposição, principalmente na CPI do Senado, sempre criticou uma suposta lentidão do Governo Federal na aquisição das vacinas, agora, quer criar suspeitas quanto à celeridade.
Fora tudo isso, o Brasil não gastou um real sequer na aquisição da Covaxin, pois o pagamento está condicionado à entrega das vacinas, que não ocorreu.
O senador Randolfe Rodrigues(REDE), líder da oposição no Senado, já manifestou publicamente que sua intenção é prender o presidente Jair Bolsonaro. Para isso, a oposição pula de factoide em factoide para tentar derrubar o presidente. Até o momento, não está dando certo.
Diego Lagedo é historiador, especialista em Gestão Pública e editor do site Pernambuco em Pauta