Anvisa autoriza importação de matéria-prima da Coronavac
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou, nesta quarta-feira, 28, a importação de matéria-prima para a produção de 40 milhões de doses da Coronavac, vacina chinesa que será produzida pelo Instituto Butantan, em São Paulo, contra o novo coronavírus. “A solicitação foi feita pelo Instituto Butantã para importação, em caráter excepcional, da matéria-prima para fabricação da vacina adsorvida Covid-19 (inativa), em estudo clínico fase III, ainda sem registro no Brasil. Os estudos ainda estão em andamento e não existe previsão de data para a vacinação”, diz um trecho do comunicado publicado no site da agência. Na sexta-feira, 23, a Anvisa já havia autorizado a importação de seis milhões de doses da Coronavac, após decisão da Diretoria Colegiada.
“A Anvisa autorizou nesta quarta-feira (28/10), a importação em caráter excepcional da vacina na forma de um produto intermediário, isto é, produto não envasado, fabricada pela empresa Sinovac Life Sciences Co. LTD. A solicitação foi feita pelo Instituto Butantã para importação, em caráter excepcional, da matéria-prima para fabricação da vacina adsorvida Covid-19 (inativa), em estudo clínico fase III, ainda sem registro no Brasil. Os estudos ainda estão em andamento e não existe previsão de data para a vacinação. O tema foi discutido em Circuito Deliberativo, entre esta terça-feira (27/10) e quarta-feira (28/10). O Circuito Deliberativo é uma instância de votação on-line dos diretores da Agência. A autorização definiu algumas condições para a importação excepcional. A decisão e o teor do voto estão disponíveis aqui”, afirma a íntegra da nota.
A Coronavac tem sido alvo de disputa entre o presidente Jair Bolsonaro e o governador de São Paulo, João Doria (PSDB). No início da última semana, o Ministério da Saúde anunciou a intenção de comprar 46 milhões de doses da vacina. Horas depois, diante da repercussão nas redes sociais, Bolsonaro mandou cancelar a compra – a seguidores, nas redes sociais, o presidente chegou a dizer que a compra do imunizante chinês seria uma traição.