Dólar abre em alta e bate R$ 5,74


Moeda norte-americana atinge maior cotação desde 20 de maio. Notas de dólar
Reuters
O dólar abriu em alta nesta quarta-feira (28), em dia de decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central sobre a taxa de juros, enquanto que lá fora aumentam as preocupações sobre a segunda onda de Covid-19 na Europa e a incerteza antes da eleição presidencial norte-americana.
Às 9h10, a moeda norte-americana subia 0,92%, vendida a R$ 5,7380. Na abertura, bateu R$ 5,7455, maior cotação desde 20 de maio (R$ 5,7532). Veja mais cotações.
Na terça-feira, o dólar fechou em alta de 1,26%, a R$ 5,6857. Na parcial do mês, acumula alta de 1,20%. No ano, tem valorização de 41,80%.
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Cena externa e local
Lá fora, o aumento dos casos de coronavírus globalmente provocava temores de que lockdowns na Europa prejudiquem a recuperação econômica. Pesavam também as incertezas antes das eleições nos EUA.
“Os mercados globais parecem estar incrivelmente nervosos, o misto de alta nos casos de Covid-19 e mortes e o potencial lockdown na França somam-se à incerteza antes das eleições nos EUA e você tem esse pano de fundo bastante fraco”, disse John Woolfitt, diretor de trading do Atlantic Capital Markets.
Por aqui, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central anuncia nesta quarta, por volta das 18h, a nova taxa básica de juros, e a expectativa do mercado financeiro é que a Selic seja mantida em 2%, apesar da pressão da disparada dos preços dos alimentos.
Preocupações ampliadas com a situação fiscal do país e sustentabilidade das contas públicas, além da capacidade do governo de avançar numa agenda de reformas seguem dominando as atenções dos investidores, sendo apontadas como os principais fatores de pressão sobre o real.
A taxa de juros em mínimas históricas também faz com que o Brasil se torne menos atrativo para investidores internacionais, reduzindo o fluxo de dólares para aplicações financeiras no país, o que também contribui para um patamar de câmbio mais alto.
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