Com Sula e Brasileiro no radar, Bahia vai ter que administrar elenco

Mano orienta jogadores durante treino na Cidade Tricolor

A semana no Bahia começou diferente. Depois de um período sem jogos e com tempo para treinar, o tricolor agora vai dividir as atenções para duas competições. O time viaja quarta-feira (28) para Lima, onde na quinta enfrenta o Melgar, adversário da segunda fase da Copa Sul-Americana. Três dias depois, será a vez de encarar o Santos, na Vila Belmiro, em jogo válido pela 19ª rodada do Campeonato Brasileiro.

A rotina será assim nas duas próximas semanas, já que além de novos confrontos pelo Brasileirão, o time tem o duelo de volta contra o Melgar, no dia 5 de novembro, na Fonte Nova.

A última vez que o tricolor disputou dois torneios de forma simultânea foi em agosto. Na retomada do futebol durante a pandemia, o Esquadrão atuou por Copa do Nordeste e Campeonato Baiano. Faturou o tri do estadual e perdeu o Nordestão na decisão contra o Ceará.

Enquanto disputava Baiano e regional, o time fez planejamento de priorizar a Copa do Nordeste usando o time principal e deixando no estadual um misto de reservas e remanescentes da extinta equipe de aspirantes.

Agora, o Bahia não poderá se dar ao luxo de priorizar Brasileirão ou Sul-Americana. Enquanto briga contra o rebaixamento na competição nacional, o clube tem no torneio internacional uma oportunidade de conquistar um título inédito e chegar à Libertadores.

“O clube vem se reestruturando há alguns anos. Para confirmar essa reestruturação, tem que ter sucesso esportivo, e vejo na Sul-Americana uma grande oportunidade para dar um salto nesse sentido. Vamos com todas as forças que temos”, afirmou o técnico Mano Menezes. “Temos que cuidar do Brasileiro, que é um campeonato difícil e ficamos para trás um pouco. Nos sentimos com essa responsabilidade e penso que o Bahia escolheu um treinador com trajetória para dar esse respaldo e confiança de que é possível avançar”, disse.

Para o treinador, mesmo fazendo uma campanha ruim no Brasileirão (14º colocado), o Bahia tem uma grande chance na Sul-Americana. “Pela experiência que temos, sabemos que todos os adversários são difíceis. Técnicos e jogadores falam isso e pensam que falamos porque não queremos nos expor tanto, mas é a realidade de uma competição dura, tanto Libertadores como Sul-Americana. O Melgar chegou assim como o Bahia. Eles estão fazendo um campeonato mediano no seu país, então vem para fazer algo e nós temos que nos superar para passar por eles”, pontuou.

Leque de opções
Desde que chegou ao clube, Mano tem testado opções durante os jogos, principalmente entre atletas que estavam um pouco esquecidos, como Ramon e Fessin. A ideia, segundo o treinador, era saber com quem poderia contar momento em que o Bahia tivesse que se dividir entre as duas competições.

“Coloquei Ramon, Fessin e Saldanha para também ir sentindo o comportamento dos jogadores, porque vamos precisar ganhar jogadores do grupo para que, quando chegar a Sul-Americana, tenhamos alternativa”, explicou Mano após o triunfo sobre o Vasco, por 3×0, em Pituaçu.

O clube inscreveu 45 jogadores para os dois jogos contra o Melgar. Desses, pelo menos 44 devem estar à disposição de Mano, já que João Pedro se recupera de cirurgia no joelho.

Além de jovens jogadores da base, como o goleiro Fabrício, o lateral esquerdo Hélio Júnior e o atacante Marcelo Ryan, a relação conta com atletas que integram o elenco principal, mas que não participaram da primeira fase, em que o Esquadrão eliminou o Nacional, do Paraguai. É o caso de Rodriguinho, Elias, Anderson Martins e Fessin.