Bolsas dos EUA recuam com disparada de casos de coronavírus e preocupações sobre estímulo
Nesta segunda-feira (26), o índice considerado sinalizador do nível de medo em Wall Street atingiu seu maior nível em mais de sete semanas. As ações dos Estados Unidos sofreram forte queda nesta segunda-feira (26) de negociações fracas, com o S&P 500 registrando sua maior queda diária em quatro semanas, diante do aumento dos casos de coronavírus e da incerteza sobre um projeto de alívio fiscal em Washington obscurecendo as perspectivas para a recuperação econômica norte-americana.
O Dow Jones recuou 2,29%, aos 27.685,38 pontos. O S&P 500 perdeu 1,86%, para os 3.400,97 pontos, e o Nasdaq teve queda de 1,64%, para os 11.358,94 pontos.
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Estados Unidos, Rússia e França estabeleceram recordes diários de infecções por coronavírus. O número de norte-americanos hospitalizados com a Covid-19 saltou para a máxima de dois meses.
As ações relacionadas a viagens, vulneráveis às interrupções relacionadas à Covid-19, recuaram acentuadamente. O índice S&P 1500 das companhias aéreas caiu cerca de 5,6%, enquanto as operadoras de cruzeiros Carnival Corp e a Royal Caribbean Cruises Ltd caíram, respectivamente, 8,66% e 9,65%, esta última a maior queda dentre as empresas do S&P 500.
“Os temores sobre o ressurgimento da Covid-19 e o fracasso contínuo em alcançar um pacote de política fiscal entre republicanos e democratas deixou os investidores nervosos”, disse Michael Arone, estrategista-chefe de investimentos da State Street Global Advisors em Boston.
“Esses são os dois maiores impulsionadores do declínio de hoje.”
A Presidente da Câmara dos Deputados dos EUA, Nancy Pelosi, falou com o Secretário do Tesouro, Steven Mnuchin, sobre o projeto de alívio à Covid-19. Ela continua otimista de que um acordo pode ser alcançado antes da eleições, afirmou um porta-voz da parlamentar democrata.
O índice considerado sinalizador do nível de medo em Wall Street atingiu seu maior nível em mais de sete semanas, enquanto a incerteza aumentava em torno das eleições de 3 de novembro. Cerca de 60 milhões de norte-americanos já votaram, em um comparecimento antecipado recorde, conforme Trump e o seu oponente democrata, Joe Biden, entram na última semana de campanha.
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