Fabricio Boliveira vive taxista solitário nas ruas do Rio
O cineasta Eryk Rocha tem um carreira sólida como documentarista, em longas como Pachamama (2008) e Rocha Que Voa (2002), sendo esse segundo dedicado ao período em que o pai dele, Glauber Rocha (1939-1981), viveu em Cuba. Em 2010, finalmente, Eryk estreou como realizador de ficção, com Transeunte, que mostrava o dia a dia de um senhor aposentado pelas ruas do Rio de Janeiro.
Depois de realizar outros quatros docs, Eryk retorna à ficção em Breve Miragem de Sol para novamente mostrar a vida de um cidadão carioca pelas ruas do Rio. Mas desta vez, o personagem, em vez de um aposentado, é um jovem desempregado que, diante das dificuldades econômicas, decide dirigir um táxi durante a madrugada para assim, ao menos, ter dinheiro para pagar a pensão do filho de dez anos de idade. O protagonista Paulo é vivido pelo baiano Fabricio Boliveira, que, para construir seu personagem, acompanhou o dia a dia de alguns taxistas e até chegou a trabalhar por algumas horas no Rio como um deles.
“Paulo é um brasileiro comum, em transformação, acompanhando a crise do país, mas que, em vez de paralisar, tenta atravessar o caos com delicadeza, reflexão e em silêncio. Ele acorda cedo e, como na condição de qualquer brasileiro, vai ser ‘driver’ como acontece hoje nas grandes capitais do mundo. Ele é um respiro”, afirma Fabrício.
Eryk claramente aproveitou sua experiência em documentários para dar um tom mais realista ao filme e também à interpretação dos atores. Atenção: o filme só é exibido em uma sessão diária, às 19h, no Itaú Glauber Rocha.
Horários
Itaú Glauber Rocha Sala 1: 19h