Medo do desemprego recua em setembro, diz levantamento da CNI

O medo do desemprego caiu em setembro, segundo pesquisa divulgada nesta quinta-feira (15) pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). O levantamento foi feito com duas mil pessoas em 127 municípios entre 17 e 20 de setembro.
Os números mostram que o Índice do Medo do Desemprego somou 55 pontos em setembro, contra 58,2 pontos no mesmo mês de 2019 e 56,1 pontos no final do ano passado. Quanto menor o indicador, menor é o medo do desemprego.
A pesquisa é trimestral, mas a CNI informou que as edições de março e de junho deste ano foram canceladas devido à impossibilidade de realização do campo da pesquisa de maneira presencial, em razão da pandemia de Covid-19.
De acordo com a CNI, entre os motivos para a queda do índice estão as medidas de proteção do emprego adotadas, o auxílio emergencial e a retomada gradual das atividades comerciais e produtivas dos últimos meses.
Gênero e idade
O levantamento também revela que as mulheres têm um medo muito maior do desemprego do que os homens. O índice para homens é de 46,8 pontos. E para as mulheres 62,4 pontos.
Os mais jovens também são os mais temerosos, acrescentou a entidade. Para a população entre 16 e 24 anos, o índice é de 57,9 pontos, enquanto o indicador para as pessoas com mais de 55 anos foi de 48,9 pontos.
Região, grau de instrução e renda familiar
Entre as regiões, a pesquisa mostrou que o medo do desemprego é maior no Nordeste, onde ficou em 61,2 pontos, e menor na região Sul, onde o indicador foi de 43 pontos.
A população que recebe um salário mínimo também é a mais preocupada, com 65 pontos. Pessoas com renda familiar acima de cinco salários mínimos registraram 42,2 pontos.
Entre as pessoas que estudaram somente até a 4ª série do ensino fundamental, o índice é de 59,2 pontos. Aqueles com nível superior têm uma preocupação menor, o dado foi de 50,1 pontos.