Contra Peru, Tite alcança marca de 50 jogos no comando da Seleção

O Brasil terá, nesta terça-feira (13), à noite sua segunda missão nas Eliminatórias para a Copa do Mundo 2022. Depois de uma estreia imponente sobre a Bolívia, com 5×0 em São Paulo, a equipe verde e amarela vai encarar o Peru, no estádio Nacional de Lima, às 21h. Quando entrar em campo, o técnico Tite completará uma marca especial: 50 jogos à frente da Seleção.
O treinador chegou em junho de 2016, substituindo o demitido Dunga. Naquela época, tinha como missão garantir a classificação para a Copa do Mundo de 2018 – a Seleção amargava a 6ª colocação nas Eliminatórias. Deu certo: o Brasil foi o primeiro país que garantiu a vaga para a competição, fora a Rússia.
Nesses pouco mais de quatro anos à frente da equipe canarinho, Tite acumulou 35 vitórias, 10 empates e apenas quatro derrotas. É um aproveitamento de 78,2%, com 105 gols marcados e apenas 17 sofridos. Em Eliminatórias, o treinador ainda está invicto. Em 13 duelos, obteve 11 triunfos e dois empates.
Se forem levados em conta apenas os jogos oficiais, o técnico tem rendimento de 81,9%. Ganhou 18 vezes, empatou cinco e perdeu apenas uma. Esse único revés, porém, foi o que eliminou o Brasil na Copa de 2018, com o 2×1 para a Bélgica nas quartas de final.
As outras três derrotas foram todas em partidas amistosas. Duas vezes, para a Argentina. E a outra, justamente, para o Peru, o último algoz da Seleção. O duelo, disputado em setembro do ano passado, em Los Angeles, nos Estados Unidos, terminou 1×0 para o adversário.
Por outro lado, o Brasil tem três triunfos sobre o Peru. O primeiro foi em 2016, pelas Eliminatórias para o Mundial de 2018, por 2×0. E as outras duas pela Copa América de 2019: goleada por 5×0 na fase de grupos e vitória por 3×1 na final, disputada no Maracanã. Esse, inclusive, é o único título de Tite à frente da Seleção.
Além do confronto dessa noite marcar o jogo número 50 do técnico gaúcho, também fará o Peru igualar a Argentina como o adversário que mais vezes enfrentou o Brasil de Tite, com cinco partidas. Apesar de toda a simbologia, o treinador diz que não vê significado especial em razão da marca alcançada.
“Adversário importante, grau de dificuldade técnica e física superior ao que enfrentamos. Temos que ter essa capacidade de contextualizar. Não estou pensando muito nos 50 jogos, penso numa ideia de futebol e que a equipe jogue muito. Que tenha a consciência que tem que criar e fazer gol, ser dura e dificultar ao máximo o adversário, se possível não tomar gol e que traduza isso em vitórias”, ressaltou.
Mistério
Ao contrário do que fez antes do duelo contra a Bolívia, o treinador preferiu não revelar com antecedência a escalação contra o Peru. Segundo Tite, o objetivo é não dar armas para Ricardo Gareca, que comanda o rival.
“Nós temos uma série de atletas de alto nível, eu tenho uma equipe montada, mas não quero falar. Os atletas já sabem. A base permanece, as ideias permanecem, mas não quero municiar o Gareca. Você troca uma característica do atleta e já traz uma adversidade”, comentou.
A provável escalação tem Weverton, Danilo, Marquinhos, Thiago Silva e Renan Lodi; Casemiro, Douglas Luiz e Coutinho; Everton (Richarlison), Neymar e Firmino.