Percepção negativa sobre o mercado de trabalho continua, aponta FGV

Indicador de tendência de emprego registrou 5º mês seguido de recuperação, mas mostrou desaceleração. O Indicador Antecedente de Emprego (IAEmp) subiu 7,2 pontos em setembro, para 82 pontos, segundo divulgou nesta terça-feira (7) a Fundação Getulio Vargas. Apesar da 5ª alta seguida, houve nova desaceleração do ritmo de crescimento e o indicador ainda segue abaixo do nível pré-pandemia.
“A alta de setembro aproxima o IAEmp dos níveis pré-pandemia, considerados não muito elevados historicamente. Para os próximos meses, ainda é possível enxergar fatores que podem adicionar riscos à sustentabilidade da retomada, como a elevada incerteza e o fim dos programas governamentais de apoio nesse período da pandemia”, destacou Rodolpho Tobler, economista da FGV IBRE.
Serviços e comércio lideram demissões no ano; veja cargos que mais perderam e ganharam vagas
Desemprego sobe para 13,8% em julho, maior taxa desde 2012, e atinge 13,1 milhões
Já o Indicador Coincidente de Desemprego (ICD) se manteve estável em setembro em 96,4 pontos. O ICD é um indicador com sinal semelhante ao da taxa de desemprego, ou seja, quanto menor o número, melhor o resultado.
“O resultado de setembro ainda mostra que há uma percepção negativa sobre o mercado de trabalho. Apesar da tímida redução na margem, o alto patamar mostra que há um longo caminho de recuperação”, afirmou Tobler.
Assim como nos dois meses anteriores, todos os sete componentes do IAEmp seguem em alta, porém em menor ritmo. O destaque foi o indicador da Indústria de Tendência de Negócios subiu 16,2 pontos, para 117,4 pontos. Com exceção dos indicadores do Consumidor de Emprego Futuro e de Serviços de Emprego Previsto, todos os indicadores cresceram menos em relação ao mês anterior.
Com a pandemia, América Latina mergulha na pior crise econômica da história
Vídeos: veja últimas notícias de Economia no Brasil e no mundo