BC mantém compulsório baixo e anuncia nova redução em abril, injetando R$ 62 bi na economia

Decisão foi anunciada nesta sexta-feira pela autoridade monetária. Alíquota do compulsório não subirá mais em dezembro, conforme estava programado, e terá uma redução de 25% para 20% em abril de 2021. O Banco Central anunciou nesta sexta-feira (2) que os depósitos compulsórios, dinheiro dos bancos que não pode ser movimentado, não será elevado em dezembro deste ano, conforme estava programado antes, e acrescentou que serão liberados mais recursos a partir de abril do ano que vem.
Em março deste ano, a alíquota do compulsório, que estabelece a quantidade dos depósitos que têm de ser mantidos sem utilização pelas instituições financeiras, caiu de 25% para 17% — liberando, naquela ocasião, R$ 68 bilhões para os bancos. O objetivo foi da medida, classificada como “emergencial e temporária”, foi combater os efeitos econômicos advindos da pandemia de Covid-19.
A previsão do BC, porém, era de que a alíquota voltaria a subir aos 25% em dezembro deste ano, o que retiraria recursos do mercado financeiro. Entretanto, nesta sexta-feira, a instituição informou que ela permanecerá em 17% até abril de 2021, mantendo, assim, o caixa dos bancos mais fortalecido.
Além disso, a autoridade monetária também informou que, a partir de abril, a alíquota não subirá para os 25% vigentes anteriormente, mas sim para 20%, o que resultará em uma liberação extra de recursos para as instituições financeiras de R$ 62 bilhões a partir daquele mês. Ao adotar essas medidas, o BC informou que considerou a permanência de “condições mais restritivas de captação bancária”.