Como vender itens não essenciais em bairros populares?
Formada em design de interiores, o comércio de maquiagem e produtos de beleza sempre foi um plano B na vida de Flávia Oliveira, 23. Desde 2018, ela começou a colocar em prática um projeto que possibilitasse levar beleza e cuidado para as mulheres moradoras de Paripe, bairro onde mora.
Com o apoio da tia e sócia, investiu no trabalho de uma loja física até a chegada da pandemia, quando o bairro teve um mês inteiro de lockdown no comércio. “No início, pensamos que seria horrível, mas descobrimos que todos os conceitos de atendimento, cuidando do pré e pós venda poderiam ser usados numa perspectiva de comércio virtual, ampliando para outros bairros de Salvador”, conta.
O resultado não poderia ser outro: a Super Bonita (@superbonita.maquiagensec) conseguiu manter o volume de vendas, sem perda no período. “Dentro de casa, as pessoas tiveram a oportunidade de olhar mais para si mesmas e se deram conta que a maquiagem não é para o outro, é para si”, reflete.
Flávia conta que, nesse período, houve um crescimento na procura por produtos capazes de cuidar da pele, o chamado skin care, e valorizar uma beleza muito mais natural. “Não foi à toa que nossas paletas de tons neutros se esgotaram”, conta.
A história da loja Super Bonita e de Flávia será o destaque da live Empregos e Soluções, dessa quarta,30, às 18h, no perfil do Jornal Correio, no Instagram. Na oportunidade, a consultora Flávia Paixão vai abordar questões como vender produtos não essenciais em bairros populares, como o mercado digital tem ajudado nesse mundo pós pandemia e as perspectivas de futuro depois da quarentena.