Pesquisa mostra que 11% dos domicílios de AL contaram apenas com o Auxílio Emergencial em agosto


Percentual de famílias que dependem exclusivamente do benefício foi o mais alto desde maio. Filas para recebimento do Auxílio Emergencial em agência da CAIXA em Maceió
Reprodução/TV Gazeta
A única fonte de renda de 11,64% dos domicílios em Alagoas no mês de agosto foi o Auxílio Emergencial de R$ 600 do governo federal, segundo estudo divulgado nesta terça-feira (29) pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).
A proporção de domicílios alagoanos que passam o mês somente com o auxílio como fonte de renda vem aumentando há quatro meses: 8,15% em maio, 10,91% em junho, 11,18% em julho e 11,64% em agosto.
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Impactos no Brasil
Segundo o levantamento, o Nordeste foi a região do país com a maior proporção de domicílios que contaram apenas com o benefício, sem qualquer outra fonte de renda. Nos estados do Piauí e da Bahia o percentual passou de 13% do total de famílias dependentes exclusivamente do auxílio.
O Ipea apontou que a ajuda financeira foi suficiente para superar em 41% a perda da massa salarial entre as pessoas que permaneceram ocupadas em agosto. Entre os domicílios mais pobres, no entanto, a alta na renda habitual no mês foi de 132% do que teria sido sem o recebimento do auxílio.
“O papel do Auxílio Emergencial na compensação da renda perdida em virtude da pandemia foi proporcionalmente maior do que no mês anterior”, disse o autor da pesquisa, Sandro Sacchet.
Na comparação com julho, de modo geral, os trabalhadores receberam em agosto 89,4% dos rendimentos habituais (2,3 pontos percentuais acima de julho) – R$ 2.132 em média, contra uma renda habitual de R$ 2.384.
Já os trabalhadores do setor privado sem carteira assinada receberam 86,1% do habitual (contra 85% no mês anterior). Trabalhadores do setor privado com carteira e funcionários públicos continuaram a obter, em média, mais de 94% do rendimento habitual.
O Ipea destacou que a recuperação do nível de renda foi maior entre os trabalhadores por conta própria, que receberam em agosto 76% do que habitualmente recebiam, contra 72% em julho, alcançando rendimentos efetivos médios de R$ 1.486.
“Ainda que tenham recuperado parcela mais significativa da perda salarial devido à pandemia, os conta-própria continuam tendo um dos menores índices de renda efetiva”, enfatizou o estudo.
O Ipea aponta ainda que grupos de trabalhadores que mais sofreram os impactos da pandemia também apresentaram recuperação da renda mensal em agosto. É o caso dos trabalhadores de atividades artísticas, esportivas e recreação, que tiveram aumento médio de 15% na renda.
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