Rafaela Silva será julgada nesta quinta-feira por caso de doping
Campeã olímpica na Rio-2016, Rafaela Silva será julgada nesta quinta-feira (10) pelo caso de doping em que foi pega, em agosto de 2019. Após a Federação Internacional de Judô informar, em janeiro, que a brasileira foi suspensa por dois anos, a defesa dela entrou com um recurso para redução de pena na Corte Arbitral do Esporte (CAS).
Os depoimentos de Rafaela e das testemunhas serão colhidos por videoconferência. O resultado do julgamento não tem data prevista para ser divulgado – isso é, pode sair em algumas semanas ou só no fim de 2020.
A judoca tenta participar da próxima Olimpíada, que foi adiada para julho/agosto de 2021. Na atual pena, Rafaela só poderia voltar a competir em novembro de 2021 – e, então, perderia os Jogos. Uma redução para um ano lhe daria tempo para disputar não só o grande evento, como seus torneios preparatórios. Já uma punição de um ano e meio permitiria que a atleta fosse para Tóquio, mas ela não teria muito tempo para se preparar.
Para fazer o recurso, a judoca mudou de advogado. Ela procurou Marcelo Franklin, principal referência em antidoping no Brasil, que já defendeu atletas como Cesar Cielo, Caio Bonfim, Etiene Medeiros, Ana Cláudia Lemos e Pedro Barros – todos inocentados.
Rafaela Silva foi flagrada no exame antidoping em agosto do ano passado, nos Jogos Pan-Americanos de Lima. Em setembro, a Panam Sports, entidade que organiza o torneio, retirou a medalha de ouro da atleta, pela categoria -57kg.
A carioca testou positivo para fenoterol, substância proibida que tem efeito broncodilatador e costuma ser usada em tratamento de doenças respiratórias, como a asma. Em setembro de 2019, a judoca levantou a possibilidade de que a substância entrou em seu sistema por causa de uma brincadeira com uma criança, feita cinco dias antes.