Cruzeiro é punido pela Fifa e não pode registrar novos atletas

Willian, ex-jogador do Cruzeiro

O Cruzeiro sofreu mais uma punição da Fifa. Dessa vez, a penalidade é em consequência de uma ação imposta pelo Zorya, da Ucrânia, pela compra do atacante Willian, em 2014. Com isso, a Raposa está proibida de registrar novos jogadores.

A informação foi divulgada inicialmente pela Rádio Itatiaia. O clube celeste afirma que fez um acordo para a quitação da dívida, de pouco mais de 1,1 milhão de euros (cerca de R$ 7 milhões), em agosto. Porém, esse acerto não teria sido homologado na Fifa.

Na última terça-feira (1º), o Cruzeiro enviou manifestação formal à entidade máxima do futebol, exigindo a reconsideração da pena imposta. Em nota divulgada nesta quarta-feira (2), a diretoria do clube apresentou documentos que comprovariam que um acordo com o Zorya para a quitação da dívida foi fechado.

“Diante da contestação do FC Zorya, a Fifa aplicou a sanção de transfer ban (impossibilidade de registro de novos jogadores), o que é lamentado e contestado pelo Cruzeiro Esporte Clube, já que o acordo celebrado entre as partes, se fez mediante canais oficiais previstos pela Fifa para tanto”, diz o comunicado.

Segundo o clube mineiro, o pagamento foi negociado junto ao Alik Football Management, da Estônia, que detinha crédito com o Zorya.

“Na véspera da data de vencimento da dívida, o FC Zorya notificou o Cruzeiro, por meio de seu e-mail oficial, cadastrado no Fifa/TMS, informando que realizou uma cessão do crédito específico ao Alik Football Management, da Estônia. Desta forma, o Cruzeiro negociou o parcelamento do débito diretamente com o Alik, mas, para se resguardar, exigiu que o FC Zorya fizesse parte do acordo como terceiro interessado, e informou que faria o pagamento somente após sua homologação pela Fifa”, segue a nota.

Porém, os ucranianos afirmam, em carta enviada à Fifa, que não fizeram acerto com a Raposa e que não assinaram o documento. O Cruzeiro rebate e mostra, em carta anexa, o selo de autenticação e assinatura do representante do FC Zorya nos documentos.

“Sendo assim, diante da manifestação do FC Zorya, a contestação do Cruzeiro se baseia em duas variáveis: ou o sistema da Fifa apresentou algum tipo de falha, o que é pouco provável, ou o clube ucraniano está contradizendo os documentos que seu próprio representante validou e assinou, documentos estes disponíveis em anexo à esta nota”.

Em maio, o Cruzeiro já havia recebido uma punição da Fifa, imposta por causa do não cumprimento da ordem de pagamento referente à dívida com o Al Wahda, pelo empréstimo de seis meses do volante Denilson. Por causa da penalidade, a Raposa iniciou a Série B do Campeonato Brasileiro com seis pontos a menos.

Veja a nota do Cruzeiro:

“O Cruzeiro Esporte Clube confirma que recebeu um contato da Fifa sinalizando que o FC Zorya contesta acordo firmado entre os clubes, anunciado oficialmente no mês passado, envolvendo a dívida de 1.159.786,31 euros, vencida em 20 de agosto de 2020.

Diante da contestação do FC Zorya, a Fifa aplicou a sanção de transfer ban (impossibilidade de registro de novos jogadores), o que é lamentado e contestado pelo Cruzeiro Esporte Clube, já que o acordo celebrado entre as partes, se fez mediante canais oficiais previstos pela Fifa para tanto.

Na véspera da data de vencimento da dívida, o FC Zorya notificou o Cruzeiro, por meio de seu e-mail oficial, cadastrado no Fifa/TMS, informando que realizou uma cessão do crédito específico ao Alik Football Management, da Estônia. Desta forma, o Cruzeiro negociou o parcelamento do débito diretamente com o Alik, mas, para se resguardar, exigiu que o FC Zorya fizesse parte do acordo como terceiro interessado, e informou que faria o pagamento somente após sua homologação pela Fifa.

No trâmite, além do selo de autenticação e assinatura do representante do FC Zorya em todos os documentos, nos quais o mesmo atesta, num primeiro momento, a cessão do crédito para o Alik, e, num segundo momento, o termo de formalização do acordo, é importante destacar que a comunicação entre todos os envolvidos sempre se deu por meio dos canais oficiais estabelecidos pelo sistema Fifa/TMS, que é extremamente rigoroso com o acesso, cadastramento e processos dos seus e-mails. 

Sendo assim, diante da manifestação do FC Zorya, a contestação do Cruzeiro se baseia em duas variáveis: ou o sistema da Fifa apresentou algum tipo de falha, o que é pouco provável, ou o clube ucraniano está contradizendo os documentos que seu próprio representante validou e assinou, documentos estes disponíveis em anexo à esta nota.

Por esta razão, na noite de ontem, 1º de setembro de 2020, o Cruzeiro enviou manifestação formal à Fifa, esclarecendo o ocorrido e exigindo a reconsideração da pena por ora imposta. O Clube reitera que em todos os momentos e processos agiu com absoluta clareza, boa fé e dentro da legalidade, confiando que a comunicação feita por meio dos canais oficiais da Fifa, com todos os envolvidos em cópia, inclusive o advogado do FC Zorya, são válidas”.