Recuperação empresarial da zona do euro tropeça em agosto, mostra pesquisa

Índice PMI Composto preliminar do IHS Markit desacelerou a 51,6, ante 54,9 em julho, prejudicada por sinais de aumento nos casos de coronavírus em várias países. A recuperação econômica da zona do euro de sua mais profunda contração já registrada tropeçou neste mês, particularmente no setor de serviços, uma vez que a demanda reprimida vista no mês passado devido ao alívio das restrições pelo coronavírus enfraqueceu, mostrou nesta sexta-feira (21) a pesquisa Índice de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês).
Após muitas das restrições para conter o vírus terem sido relaxadas, a atividade na zona do euro expandiu no mês passado no ritmo mais rápido desde meados de 2018. Mas com as taxas de infecção aumentando de novo em partes da região, algumas restrições foram retomadas.
Diminuindo as esperanças de uma recuperação em “V”, o PMI Composto preliminar do IHS Markit para a zona do euro caiu a 51,6 de 54,9 em julho.
Embora ainda permaneça acima da marca de 50 que separa crescimento de contração, a leitura ficou abaixo de todas as expectativas em pesquisa da Reuters, que via manutenção do resultado.
“A recuperação da zona do euro perdeu força em agosto, destacando a fraqueza inerente da demanda provocada pela pandemia de Covid-19”, disse Andrew Harker, diretor do IHS Markit. “A recuperação foi prejudicada por sinais de aumento nos casos de coronavírus em várias partes da zona do euro”.
O crescimento do setor de serviços estagnou com o PMI recuando a 50,1 em agosto de 54,7, abaixo de todas as estimativas na pesquisa da Reuters que via uma pequena queda a 54,5.
Já a atividade industrial, que não sofreu com tanta força quando serviços durante o ápice da pandemia, expandiu pelo segundo mês seguido. O PMI de indústria caiu a 51,7 de 51,8, contra expectativa de alta a 52,9.
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