Desvios de verbas para combate à pandemia já somam R$ 4 bilhões, diz CGU
O ministro da Controladoria-Geral da União, Wagner Rosário, estima que já teriam sido desviados de R$ 3 bilhões a R$ 4 bilhões de recursos que deveriam ter sido destinados ao combate aos reflexos da pandemia do coronavírus. Durante entrevista ao Os Pingos nos Is, da Jovem Pan, o ministro explicou, ao lado do presidente Jair Bolsonaro, que desde a decretação do chamado estado de emergência, a Polícia Federal já realizou mais de 30 operações de combate aos desvios. Ao todo, 680 mil servidores, federais, estaduais e municipais pediram o auxílio emergencial indevidamente. Ao mesmo tempo, por causa do rigor na fiscalização, R$ 117 milhões teriam sido devolvidos.
Em meio ao aumento do coronavírus no país, o último balanço do ministério da Saúde mostra que o Brsil registra pouco mais de 3,5 milhões de casos confirmados da doença. Nas últimas 24 horas, foram confirmados 45.323 novos registros. Ao todo, são 112.304 mortes pela Covid-19, sendo 1.204 identificadas no último dia. O presidente Jair Bolsonaro comemorou o fato da China estar recomendando a utilização da cloroquina. Com a sinalização de que o contágio da doença está em desaceleração, o ministério da saúde informou que o governo brasileiro deverá assinar o contrato com a AstraZeneca para a produção da vacina contra a Covid-19. O secretário de ciência e tecnologia, Hélio Angotti, explicou que dinheiro já está disponível e o contrato prevê inicialmente 100 milhões de doses do imunizante.
O ministério da Saúde ainda não definiu os chamados grupos prioritários para receber a vacina. Ainda faltam testes e acompanhamento de evidências. A sinalização é de que sejam priorizados idosos, crianças e pessoas com comorbidades. Para ter um número maior de informações com relação às internações, o ministério da Saúde publicou na quinta-feira, 20, uma portaria determinando que hospitais privados, mesmo aqueles que não atendem pelo Sistema Único de Saúde, serão obrigados a informar dados referentes ao total de internações. Em abril, o governo já havia fixado essa obrigatoriedade para os hospitais públicos e os privados que atendem países da rede pública.
*Com informações da repórter Luciana Verdolin