Maioria das mulheres vítimas de violência atendidas no Hospital do Agreste de AL tem de 15 a 29 anos e ensino fundamental


Foram 419 atendimentos, de janeiro a julho, na unidade de saúde que é referência no acolhimento a mulheres que sofreram algum tipo de crime. Hospital de Emergência do Agreste, em Arapiraca, AL, é referência no atendimento a mulheres vítimas de violência
Davi Salsa/Ascom HEA
O Hospital de Emergência do Agreste (HEA), em Arapiraca, atendeu 419 mulheres vítimas de violência de janeiro a julho deste ano e a maioria destas vítimas tinha entre 15 e 29 anos, o ensino fundamental e cor parda. Os dados foram divulgados nesta quarta-feira (19).
Segundo o Serviço de Epidemiologia Hospitalar da unidade de saúde, que é referência no acolhimento a mulheres vítimas de crimes, agressões físicas e lesões autoprovocadas, devido a problemas psicológicos, foram os tipos de agressões mais comuns.
Os atendimentos ocorreram por meio do Centro de Apoio às Vítimas de Violência Sexual (CVV), implantado no HEA em outubro de 2019, com o apoio da Secretaria de Estado da Saúde (Sesau). No mesmo período daquele ano, foram atendidas 469 mulheres vítimas da violência.
Por meio do CVV, a vítima é acolhida, recebe apoio psicológico, social e a oferta da Profilaxia Pós-Exposição ao HIV (PEP) e de outras Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST).
A enfermeira Fernanda Albuquerque, coordenadora do Centro de Apoio às Vítimas de Violência do Hospital de Emergência do Agreste, explicou que há casos em que as vítimas chegam após 24 horas do ocorrido. Mesmo assim, elas são acolhidas por uma psicóloga e uma assistente social para, em seguida, serem encaminhadas para atendimento médico especializado e realizam testes, exames e recebem acompanhamento.
Fernanda Albuquerque ressaltou que as mulheres são acompanhadas pelo período de seis meses, no município de origem ou mesmo no hospital.
“Mas, existem relatos de mulheres que sofreram violência sexual um ano atrás. Nesse caso, como os testes só podem ser feitos até 72 horas após o ocorrido, as vítimas recebem um acompanhamento especializado para a situação”, disse.
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