Pesquisa da Fecomércio-AL aponta que 219 mil maceioenses estão endividados


Mais da metade dos inadiplentes informou que vai continuar devendo porque não tem condições de fazer uma renegociação do débito. Pesquisa da Fecomércio-AL mostra que 219 mil maceioenses estão endividados
Ascom/ Fecomércio-AL
O Instituto Fecomércio AL, em parceria com a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), divulgou nesta quinta-feira (13) o resultado da Pesquisa de Endividamento do Consumidor (PEIC) que mostra mais 1.750 consumidores incluídos no grupo de endividados em julho, totalizando agora 219 mil maceioenses.
O levantamento de julho aponta alta de 0,5 pontos percentuais (p.p.), o equivalente a uma variação absoluta de 0,8%. O crescimento de pessoas com dívidas vem sendo registrado desde fevereiro e nos meses seguintes, quando começou o período de isolamento social.
“Contudo, ao contrário do que vinha acontecendo desde abril, quando o endividamento estava atrelado à redução das pessoas com contas em atraso e inadimplentes, em julho foi marcado por uma alta generalizada”, observa Felippe Rocha, assessor econômico da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Alagoas (Fecomércio AL).
Com isso, houve crescimento de 1,57% entre os consumidores com contas em atraso, chegando a 92.850 pessoas nessa situação, enquanto o volume de inadimplentes cresceu 5,4% na variação mensal.
Entre os motivos para o endividamento, o estudo aponta a facilidade para adquirir crédito pré-aprovado em cartões, que é um meio fácil de empréstimo. O uso do cartão de crédito foi responsável por 92,7% dos motivos do endividamento
Outras formas de aquisição de crédito foram os carnês de lojas (21,2%) e o empréstimo pessoal (7,2%).
Dentre os 92 mil que estão atrasando suas contas, para 42,4% ainda existe outro membro familiar residente na mesma moradia que também encontra dificuldades de fechar seus pagamentos em dia.
Já para os 53 mil inadimplentes, apenas 9,5% indicaram que terão possibilidade de quitar integralmente suas dívidas e sair dessa condição. Outros 17,6% informaram que pagarão parcialmente e, por isso, vão renegociar. Mas a maioria (58%) informou que vai continuar devendo porque não tem condições de fazer uma renegociação do débito.
A pesquisa mostra ainda que as endividados estão passando mais da metade do ano, em média, cerca de 6,4 meses, mantendo dívidas e comprometendo sua renda.
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