Após circular do MEC, UFMA projeta corte de até R$ 20 milhões no orçamento para 2021


Ao G1, o reitor Natalino Salgado afirmou que o corte vai afetar o pagamento de funcionários, bolsas, investimentos e obras na universidade. Medida ainda não foi oficializada pelo MEC. Natalino Salgado é o reitor da UFMA
Divulgação / UFMA
O reitor da Universidade Federal do Maranhão (UFMA), Natalino Salgado, informou ao G1 nesta segunda-feira (10), que a instituição recebeu uma circular do Ministério da Educação (MEC) projetando um corte de verba de 18% a 24% no orçamento para 2021.
“Essa é uma normativa que nós ainda não recebemos oficialmente, mas vamos receber. Estão [MEC] mandando uma circular para todas as universidades”, afirmou Natalino.
Cidade Universitária da UFMA, em São Luís
De Jesus/O Estado
Na UFMA, a estimativa é que o corte pode chegar a R$ 20 milhões e deve afetar todos os setores da universidade. Porém, o cronograma de 2020 será mantido. A retomada das aulas presenciais será a partir do dia 14 de setembro, após seis meses de atividades paralisadas por conta da pandemia de Covid-19.
“A minha equipe de planejamento já está se preparando e fazendo um planejamento. Mas a projeção é do corte ser acima de 20% e próximo de 24%. Todas as universidades vão ser afetadas, umas mais, outras menos. Afeta o pagamento de funcionários, bolsas, investimentos, obras… afeta tudo”, declarou o reitor.
Redução na Bahia
Nesta segunda (10), o reitor da Universidade Federal da Bahia (UFBA), João Carlos Salles, já havia informado que a instituição terá um corte de verba de 18,32% na Proposta de Lei Orçamentária Anual (Ploa) para 2021. Segundo Salles, isso significa R$ 30 milhões a menos para a instituição, na comparação com o orçamento deste ano.
O reitor contou que o corte determinado pelo Ministério da Educação (MEC) foi informado na última semana.
“Houve uma reunião do ministro com a associação nacional, que passou esses valores, e depois foi concretizado pelo sistema de gestão das federais. Fomos informados pelo sistema acerca desse corte”, contou Salles.
Em nota, o MEC informou que, “em razão da crise econômica em consequência da pandemia do novo coronavírus, a administração pública terá que lidar com uma redução no orçamento para 2021, o que exigirá um esforço adicional na otimização dos recursos públicos e na priorização das despesas”.