Bahia e Atlético de Alagoinhas decidem o título do Baianão

Marco Antônio e Magno Alves: destaques de Bahia e Atlético no estadual

O clima no Bahia está longe de ser o ideal após a perda da Copa do Nordeste para o Ceará, mas neste sábado (8) o tricolor vai ter que superar os problemas, pois já está em mais uma final, agora no Campeonato Baiano. A partir das 16h30, o Esquadrão enfrenta o Atlético de Alagoinhas no segundo jogo da decisão do estadual, e essa não é uma conquista qualquer.

Atual bicampeão baiano, o Bahia tenta embalar uma sequência de três títulos que não consegue desde 1988. Além disso, se vencer hoje, o Esquadrão chegará ao seu troféu de número 49 no Baianão em 89 anos de existência e vai abrir 20 de distância para o rival Vitória, segundo maior vencedor do estadual.

Diante de todo esse cenário, o goleiro Douglas entende que o elenco tem uma grande responsabilidade nas mãos. “O nosso torcedor está ferido, magoado e triste pelo time não ter conseguido o sonhado título da Copa do Nordeste. Nós como atletas sentimos muito essa não conquista. Evidente que, por tudo que o Bahia tem construído nos últimos anos, todo o material humano que tem, entra em uma competição regional com a responsabilidade de conquistar o título, de jogar bem, e um vice-campeonato não agrada. O que temos agora é o Campeonato Baiano, é importante tirar as lições e não dar margem alguma para o erro”, analisou o camisa 1.

A principal crítica ao time está na postura apresentada nos três últimos jogos. Na primeira decisão contra o Carcará, por exemplo, o tricolor pouco criou e, mesmo com um homem a mais desde os 34 minutos do primeiro tempo, não balançou as redes. Após 0x0 na ida, quem vencer agora é campeão, e novo empate leva o duelo para os pênaltis.

“Se a gente faz parte do projeto do Bahia hoje, que é um projeto grande, temos que ter a maturidade e consciência de que temos que sustentar tudo isso, essa expectativa sobre nós. Toda partida temos que vencer, mas é evidente que um campeonato estadual, pelo destaque e por tudo que tem sido feito no Bahia, temos que vencer. Mas com maturidade para que isso não nos atrapalhe, e sim nos dê confiança”, continua Douglas.

Alheio aos problemas do Bahia, o Atlético tem a missão de quebrar o favoritismo adversário para fazer história. Apesar de ter 50 anos de fundação, o clube disputa sua segunda final de Baianão e busca o título inédito. 

Da última vez que em decidiu o caneco, o Atlético acabou superado pelo próprio Bahia, na edição de 1973. Aquela conquista abriu a contagem do hepta do Esquadrão.

Além do feito em causa própria, o Carcará tenta quebrar um jejum de 57 anos sem que clubes do interior consigam vencer o Bahia na final. O último a conquistar a proeza foi o Fluminense de Feira, em 1963. Neste século, Bahia de Feira (2019), Vitória da Conquista (2015) e Juazeiro (2001) tiveram a chance e fracassaram diante do Esquadrão.

Este ano, o Atlético ganhou do Bahia na primeira fase do Baianão por 1×0. No mesmo palco da final, o experiente Magno Alves, de 44 anos, marcou o gol que tirou a invencibilidade tricolor.

Alterações nos times
Pressionado, o técnico Roger Machado não descarta utilizar os jogadores titulares na final, ao contrário do que o clube fez ao longo da competição.

O treinador não deu pistas sobre o time que vai começar a partida, mas a tendência é que atletas como Élber, Lucas Fonseca e Flávio reforcem a equipe que tem sido escalada com reservas e remanescentes do sub-23 desde a retomada do futebol. 

No Atlético, o técnico Agnaldo Liz tem o desfalque do volante Makelele, expulso no jogo de ida. O também volante Lucas é o provável substituto.