Ministro da Educação Milton Ribeiro coloca Izabel Lima Pessoa à frente da Secretaria de Educação Básica


A nomeação ainda precisa ser oficializada no “Diário Oficial da União”. Ilona Becskehazy deixa o cargo. Fachada do Ministério da Educação, em Brasília
Marcos Oliveira/Agência Senado
O ministro da Educação Milton Ribeiro anunciou na manhã desta quarta-feira (5) a troca do comando da Secretaria de Educação Básica (SEB). Ele afirmou que convidou Izabel Lima Pessoa, que aceitou a oferta. Ilona Becskehazy deixa o cargo. A nomeação ainda precisa ser oficializada no “Diário Oficial da União”.
“Convidei para assumir a SEB do MEC a professora doutora Izabel Lima Pessoa, servidora de carreira da CAPES com muita experiência em gestão de ensino público. Ela aceitou e será a mais nova componente da nova equipe do MEC”, escreveu Ribeiro em uma rede social. Ribeiro afirmou ainda que Carlos Nadalim vai permanecer à frente da Secretaria de Alfabetização.
Izabel é hoje diretora de Políticas e Diretrizes da Educação Básica, um dos braços da SEB. A secretaria que ela agora deve comandar é responsável por ações como a articulação e o apoio às redes de ensino, primordial na retomada das aulas presenciais.
De acordo com o seu currículo Lattes, Izabel Lima Pessoa é doutora em Política Social, mestre em Desenvolvimento Sustentável, especialista em Gestão de Políticas de Ciência e Tecnologia, e graduada em Letra. Ela declara ter experiência na elaboração e gestão de programas de formação de professores.
Ilona Becskehazy estava à frente da pasta desde que Janio Macedo pediu demissão do cargo, em 9 de abril. Macedo esteve no cargo por quase um ano.
Em 18 de julho, Ilona publicou o texto “Quem será que gostaria de ver a Ilona fora do MEC/SEB?” em que rebate acusações como a de ser “globalista” por ter trabalhado na Fundação Lemann, de ser “cirista” (neologismo ligado à família dos políticos Ciro Gomes e Cid Gomes) por ter estudado a educação em Sobral (CE), e de ser “jornalista de esquerda” por ter trabalhado na CBN.
No mesmo texto, Ilona afirma que nos primeiros 90 dias à frente da pasta ela trabalhou para “melhorar processos de gestão”, montar equipe, melhorar a interação com o Conselho Nacional de Educação (CNE), entre outras ações. Nesta quarta, ela participou de uma audiência pública no Senado sobre a educação na pandemia.
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