O Bahia está na sua nona final consecutiva do Campeonato Baiano. Neste domingo (2), empatou em 2×2 com o Jacuipense, em Pituaçu, no jogo de volta da semifinal. Como havia vencido o primeiro duelo por 2×0, garantiu a vaga. O tricolor buscará o seu terceiro título seguido.

Na final, enfrentará o Atlético de Alagoinhas, reeditando a final do Baianão de 1973, vencido pelo Esquadrão. A equipe do interior se classificou mesmo com a derrota por 2×0 para a Juazeirense neste domingo, pois havia vencido o duelo de ida por 4×1.

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RESUMÃO

O Bahia chegou a Pituaçu com um pé na semifinal, já que havia vencido o duelo de ida da semifinal por 2×0. Ainda assim, queria dar uma resposta ao torcedor depois de ter perdido por 3×1 para o Ceará no jogo de ida da final da Copa do Nordeste no sábado (1), dia anterior.

Por conta dos jogos seguidos, Roger Machado teve que mudar toda a equipe, escalando apenas jogadores reservas. E, de quebra, observou algumas peças que podem ajudar na partida de volta contra o Ceará.

QUEM BROCOU?

O Bahia abriu o placar aos 35 minutos do 1º tempo, com Jadson. Em jogada de contra-ataque, ele recebeu enfiada de bola de Saldanha e chutou forte para vencer o goleiro Luan. O Leão do Sisal empatu aos 23 da etapa final, com Rafael Bastos cobrando falta com violência, de longe.

Ainda no 2º tempo, dois gols que saíram muito rapidamente: aos 33, Jeferson Douglas recebeu em velocidade e deu um toquinho para vencer Luan. No minuto seguinte, aos 34, Raniele acertou uma pancada de muito longe para fazer 2×2.

PERDEU MUITOS GOLS

O Bahia abusou de perder gols durante o jogo. No primeiro tempo, Saldanha, que recebeu mais uma chance como titular da equipe que disputa o Baianão, desperdiçou pelo menos duas chances, uma delas cara a cara com o goleiro Luan. E na etapa final, Marco Antônio, que vinha se destacando e concorre pela vaga de Clayson para enfrentar o Ceará, perdeu outra chance clara.

PRIMEIRO TEMPO

O Jacuipense tentava marcar o tricolor avançando as linhas. Quando conseguia roubar a bola, fazia algum estrago: aos 13 minutos, por exemplo, Wesley Popó ficou com a bola e arriscou um chute perigoso para fora. No entanto, quando o Bahia passava pela primeira blitz, encontrava espaço aberto e com isso cansou de perder gols.

Aos 20, Elton puxou contra-ataque em velocidade e deixou Saldanha na cara do gol, mas o atacante limpou demais e chutou em cima da zaga. Aos 35, Saldanha puxou contra-ataque pelo meio, viu Jadson avançando pela direita e tocou nele; o volante soltou uma pancada para fazer 1×0. Aos 37, Saldanha gingou na frente da marcação, cortou para o lado e chutou para fora.

Aos 46, outro ataque do Bahia em espaço vazio. Saldanha recebeu de Marco Antônio na cara do gol, mas chutou em cima do goleiro para desespero do técnico Roger Machado no banco.

SEGUNDO TEMPO

O Jacuipense voltou mais organizado para a etapa final, o que tornou o jogo bem mais interessante. Aos 9, Thiaguinho cabeceou de dentro da área para fora. Aos 16, Rafael Bastos chutou colocado, no ângulo, mas a bola raspou o travessão. Aos 22 o Bahia revidou, quando Marco Antônio partiu sozinho no contra-ataque, ficou cara a cara com o goleiro, mas chutou em cima de Luan. Inacreditável.

O Leão do Sisal chegou ao gol no lance seguinte. Aos 23, Rafael Bastos cobrou falta da intermediária, uma pancada, que foi no canto do goleiro Mateus Claus. Aos 26, Bastos, mais uma vez, chutou da entrada da área e a bola raspou a trave. Aos 31, Mauri puxou ataque pelo meio e lançou Thiaguinho livre na área, que chutou em cima do goleiro.

Os dois últimos gols saíram muito rapidamente. Aos 33, mais uma vez explorando um espaço vazio deixado pelo Jacuipense, Caíque lançou Jeferson Douglas pela direita quee, cara a cara com o goleiro, deu um toquinho para vencer Luan. E aos 34, um gol surreal: o Bahia ainda comemorava o seu tento quando Raniele arriscou de muito longe, mais do que a intermediária, para fazer 2×2.

E A FINAL?

Os duelos pela final do Campeonato Baiano ainda não têm data para acontecer. O calendário está apertado por conta do jogo de volta da final da Copa do Nordeste e pelo início da Série A, cuja primeira rodada acontece no próximo final de semana. A Federação Bahiana de Futebol se reunirá com Bahia e Atlético de Alagoinhas e é possível que os jogos aconteçam num intervalo menor do que 48h aos jogos do estadual e do regional. Assim, o Esquadrão teria que utilizar time reserva em ambos.

PRÓXIMOS JOGOS

A equipe de Roger Machado volta a campo na terça-feira (4), às 21h30. Enfrentará o Ceará, em Pituaçu, pelo jogo de volta da final da Copa do Nordeste. No jogo de ida, perdeu por 3×1. Sendo assim, precisa ganhar por três gols de diferença para garantir a taça, ou vencer por dois gols de diferença e ir para os pênaltis.

No domingo (9), o tricolor estreia na Série A 2020 contra o Botafogo, às 12h, no Rio de Janeiro.

FICHA TÉCNICA

Bahia 2×2 Jacuipense – Jogo de volta da semifinal do Campeonato Baiano 2020

Bahia: Mateus Claus; Nino Paraíba, Wanderson, Ernando e Zeca; Ronaldo, Elton (Edson), Jadson e Daniel (Alesson); Marco Antônio (Jeferson Douglas) e Saldanha (Caíque). Técnico: Roger Machado.

Jacuipense: Luan; Paulinho (Lucas Cardoso), Matheus Morais, Railon e Radar (Vicente); Raniele, Eudair (Rafael Bastos) e Mauri (Danilo Rios); Thiaguinho, Elias (Juninho) e Wesley Popó. Técnico: Jonilson Veloso.

Gols: Jadson, aos 35 minutos do 1º tempo; Rafael Bastos, aos 23, Jeferson Douglas, aos 33, e Raniele, aos 34 minutos do 2º tempo.

Estádio: Pituaçu, em Salvador.
Cartão amarelo: Ronaldo e Jadson (Bahia); Rafael Bastos (Jacuipense)
Arbitragem: Ezequiel Sousa Costa, auxiliado por Jucimar dos Santos Dias e Carlos Eduardo Bregalda Gussen (trio da BA).