Temporada de 2020 do surfe é cancelada; Mundial de 2021 começa no Havaí
A temporada de 2020 do Circuito Mundial de Surfe não vai mais acontecer. Nesta sexta-feira, com os desdobramentos da pandemia da Covid-19, a Liga Mundial de Surfe (WSL, na sigla em inglês) decidiu cancelar a competição. Em um anúncio feito pelo CEO da entidade, Erik Logan, foi informado também que a edição de 2021 começará ainda neste ano no Havaí. Se a situação sanitária no mundo permitir, as mulheres surfarão já em novembro em Maui, enquanto que os homens entrarão em ação em dezembro, em Oahu. “Após uma análise cuidadosa e extensas discussões com as principais partes interessadas, tomamos a decisão de cancelar a temporada do Circuito Mundial devido à pandemia da covid-19. Embora acreditemos firmemente que o surfe é um dos esportes mais adequados para a competição ser realizada com segurança durante a era da Covid, temos um enorme respeito pelas preocupações contínuas de muitos em nossa comunidade, à medida que o mundo trabalha para resolver isso”, disse Erik Logan.
A temporada de 2021 marcará uma mudança no formato de disputas da WSL. O Championship Tour, circuito de elite, passará a começar no Havaí, onde era tradicionalmente encerrado. Estes serão os únicos eventos em que os integrantes competirão “separados”. As outras nove etapas serão disputadas simultaneamente por homens e mulheres. Esta será a primeira vez na história do Circuito Mundial com um número igual de eventos (10) no feminino e masculino. A tradicional etapa francesa, realizada em Hossegor, saiu do calendário.
As etapas da elite serão concentradas até o começo do segundo semestre, com o 10.º evento marcado para o Taiti entre o final de agosto e início de setembro – a etapa brasileira, em Saquarema, no Rio de Janeiro, está marcada para o período entre 20 e 29 de maio. Depois da etapa no Taiti será disputado, pela primeira vez, o “WSL Finals”, um evento no formato mata-mata, que reunirá os cinco melhores surfistas da temporada regular, para definir o campeão mundial. O local desta decisão ainda não foi anunciado.
A ideia da WSL é que o campeão saia do vencedor de uma bateria final, fato que nos últimos anos só aconteceu em 2019, quando o título mundial foi decidido dentro da água com os dois melhores do ranking, os brasileiros Ítalo Ferreira e Gabriel Medina, na final da etapa de Pipeline, no Havaí. O potiguar levou a melhor sobre o paulista de Maresias, que buscava o seu tricampeonato do mundo.
*Com Estadão Conteúdo