MP-AL denuncia homem por assalto e estupro de funcionária de loja no Farol, em Maceió


Crime ocorreu no início de junho. Promotor requer que resultado do exame de DNA que comprovou autoria do estupro seja juntado ao inquérito e encaminhado à 38ª Promotoria de Justiça da Capital. Acusado de estupro e roubo foi preso na rodoviária de Maceió, quando tentava fugir da cidade
Reprodução/TV Gazeta
O Ministério Público do Estado de Alagoas (MP-AL) denunciou Sandro José Dantas Mendes pelo assalto e estupro de uma funcionária de uma loja de informática no bairro do Farol, em Maceió, no dia oito de junho. A informação foi divulgada nesta segunda-feira (13). O acusado está preso.
Foi requerido ainda pelo promotor de Justiça Tácito Yuri que seja juntado ao inquérito e enviado à 38ª Promotoria de Justiça da Capital o resultado do exame de DNA e o material coletado da vítima, que comprovou a autoria do estupro.
Além disso, o órgão pediu que processos findos ou em tramitação que tenham o homem como réu também sejam enviados para a Promotoria.
O crime aconteceu por volta das 7h30, quando a funcionária estava abrindo a empresa em que trabalha. O homem entrou no estabelecimento, abordou a vítima com uma faca, a empurrou para o corredor do local, tirou suas roupas e a estuprou. Ele levou a vítima para o andar de cima do prédio e a trancou em uma sala. Após o ato, roubou celulares e notebooks da empresa.
Um dia depois, o suspeito foi preso no Terminal Rodoviário João Paulo II, no bairro do Feitosa, em uma operação da Delegacia de Roubos da Capital (DERC) e da Divisão Especial de Investigação e Capturas (Deic). Ele informou à polícia que tinha vendido os equipamentos eletrônicos na Feira do Rato, localizada no Mercado da Produção.
Segundo o promotor, a mulher teme morrer pelo grau de agressividade do suspeito e com a ameaça sofrida.
“É uma pessoa com passagens pela polícia, inclusive estava no regime semiaberto, mostrando claramente que seu instinto de violência, de afinidade com o crime é assustador. Inclusive, é possível perceber que em suas ações tem sempre a intenção de cometer abusos sexuais, tanto que ao abordar um rapaz na porta da sua casa, perguntou se ele era casado ou se havia mulher em casa”, disse o promotor, referindo-se a outro crime pelo qual o acusado responde.
Para o promotor, as ações realizadas pelo suspeito são consideradas atos bárbaros.
“Imagine você sair de casa cedo da manhã para cumprir com seu horário de trabalho, com suas obrigações, garantir a sobrevivência e ser surpreendida com uma arma, voz de assalto, mas antes da subtração dos objetos o criminoso lhe arrastar para um corredor, tirar suas roupas e violentar. Depois lhe deixar trancada numa sala e fugir. A moça foi brutalmente estuprada, correu risco de morte e também de contrair doenças sexualmente transmissíveis, fora o trauma que carregará para toda a vida. Não como definir, senão como crime cruel”, declarou o promotor.
Tácito Yuri ressalta a mobilização do Ministério Público no combate à violência doméstica e familiar contra a mulher, destacando a importância de as pessoas denunciarem os suspeitos.
“Há um trabalho conjunto, uma união de forças para que esse quadro de violência contra a mulher seja revertido, mas a sociedade precisa ajudar o Ministério Público nessa missão. Temos o aplicativo somente para isso, as pessoas podem denunciar por meio da Ouvidoria, o que não podemos é ficar inertes”, afirma.
Outros crimes
Além do crime de estupro contra a funcionária, o suspeito também responde por outro crime que cometeu contra uma vítima no dia 13 de maio.
O suspeito acompanhou a vítima, que tinha saído de uma casa lotérica, a abordou com uma faca e uma arma de fogo, roubando a carteira da vítima com R$ 200, além de um relógio e perfumes. Ele perguntou à vítima se havia alguma mulher na residência e se a vítima era casada. Logo em seguida, esfaqueou a vítima na barriga.
“Ou, seja, é de um alto grau de periculosidade, e o Ministério Público denunciou com toda a aposta de que, ao ser julgado, seja punido com a pena máxima e tenha esses atos criminosos como agravantes para os seus processos anteriores”, disse o promotor.
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