Produção de motos cai 27% no 1º semestre de 2020, mas montadoras veem ‘retomada consistente’ em junho

Com fábricas paradas entre março e maio por causa da pandemia de coronavírus, setor de motos produziu 392.217 unidades no ano. Junho, com as fábricas na ativa, teve alta de 427,6% em relação a maio. Na Yamaha, em Manaus, funcionários utilizam máscaras na linha de produção
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A produção de motos fechou o primeiro semestre de 2020 no Brasil com queda de 27%, informou a associação das fabricantes, a Abraciclo, nesta quinta-feira (9).
Saíram das linhas de montagem em Manaus, onde está quase 100% da indústria desse segmento, 392.127 motocicletas de janeiro a junho; no mesmo período de 2019, o volume foi de 537.105 unidades.
Comparado com o setor de veículo veículos como um todo, que caiu pela metade no ano, as motocicletas foram menos afetadas até agora.
As fabricantes de motos ficaram com praticamente todas as fábricas paralisadas, entre o final de março e o começo de maio, por causa da pandemia de coronavírus.
Em junho, com as fabricantes na ativa, foram produzidas 78.130 unidades; isso representa alta de 427,6% em relação a maio, quando 14.809 motos feitas. Ao comparar com junho de 2019 (68.121), o setor também teve número positivo, com alta de 14,7%.
“Esses números mostram que o setor registra uma retomada consistente. Logo no início da pandemia, Manaus foi uma das cidades mais atingidas pela Covid-19 e agora, com o retorno gradativo da produção, o segmento de motocicletas apresenta uma tendência de recuperação, cuja evolução dependerá ainda da normalização das operações de varejo”, disse Marcos Fermanian, presidente da Abraciclo, em comunicado.
A reportagem está sendo atualizada
Produção de motos na fábrica da Honda, em Manaus
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