Arquidiocese de Maceió decide iniciar estudo para reabertura gradativa de igrejas

Missas continuam sendo virtuais até que protocolo seja aprovado. Estudo vai ser elaborado por infectologistas e clero. Arquidiocese de Maceió e médicos vão estudar reabertura gradativa de igrejas
Pastoral da Comunicação/Arquivo Pessoal
A Arquidiocese de Maceió, por meio do arcebispo metropolitano de Maceió, Dom Antônio Muniz, vai iniciar um estudo com um grupo de médicos infectologistas para definir a reabertura de forma gradativa das igrejas. A decisão foi tomada durante uma videoconferência com o clero e médicos nesta quarta-feira (8). As missas continuarão sendo transmitidas online até que o estudo esteja pronto e aprovado.
No sábado (4), o G1 mostrou que o arcebispo decidiu manter as igrejas fechadas por tempo indeterminado mesmo com o decreto de emergência autorizando a abertura das igrejas com 30% de suas capacidades.
Com as determinações do arcebispo metropolitano, o grupo será formado por médicos e padres que trabalharão em um protocolo inspirado nas experiências de outras Dioceses que já iniciaram a reabertura, além de ouvir as paróquias e levar em conta suas realidades. A coordenação dos trabalhos será da Pastoral da Saúde.
“Nós só podemos construir uma agenda positiva a partir da sensibilidade e da discussão, servindo para a unidade d preocupação espiritual junto à exposição dos médicos que estão na linha de frente”, afirmou Dom Antônio Muniz.
“Estamos tendo a reabertura de setores da economia e precisamos saber como o vírus irá se comportar diante dessa situação e a possibilidade de uma segunda onda no aumento dos casos”, disse à médica Luciano Pacheco.
“Precisamos contar com a colaboração das pessoas para que elas se conscientizem da importância do distanciamento social e do uso de máscaras. Esse será o nosso novo normal nas paróquias até que se tenha uma vacina e a população seja imunizada”, disse a médica Maria Tereza Tenório.
A reunião contou com 11 médicos. O infectologista Fernando Maia foi um dos que participou.
“Eu também sinto falta da vida em comunidade e da Eucaristia, mas precisamos ir com cautela. É muito cedo para reabrirmos totalmente. Precisamos observar os índices das próximas semanas com a reabertura das atividades econômicas e enquanto isso, vamos construindo esse protocolo”, disse o médico.
O padre Elison Silva disse que o protocolo é para garantir a segurança do público e dos padres.
“Esse protocolo será importante para a proteção dos padres e do povo, como por exemplo, a distribuição mais segura da Eucaristia”, disse.
“Na peste negra em Milão, São Carlos Borromeu como bispo ficou na cidade animando os fiéis e durante dois anos as pessoas não tiveram acesso aos sacramentos até que tudo estivesse seguro. E mesmo assim, as pessoas não perderam sua fé”, reforçou Dom Antônio Muniz.
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