Afetada pela crise do coronavírus, Azul começa a demitir trabalhadores


Desligamentos começaram nesta semana; empresa não divulga quantidade de trabalhadores demitidos. Bastante afetada pela crise econômica provocada pelo coronavírus, a companhia área Azul iniciou nesta semana um processo de demissão. A empresa não confirma a quantidade de trabalhadores que devem ser desligados.
Avião da Azul Linhas Aéreas pousa no Aeroporto Internacional de São Paulo – Cumbica (GRU), em Guarulhos
Celso Tavares/G1
Na semana passada, a empresa anunciou um acordo com o Sindicato Nacional dos Aeronautas para reduzir salário e jornada. O acordo estabelece garantia de emprego até dezembro de 2021.
Em relação aos aeroviários, no entanto, o acordo não contemplou toda a categoria e, segundo a empresa, incorporou cerca de 10 sindicatos.
“A companhia reuniu todos os seus esforços para preservar o máximo de posições possível. Um exemplo claro é o acordo fechado na semana passada com o Sindicato dos Aeronautas e as negociações individuais com mais de dez sindicatos que representam os Aeroviários, preservando assim mais de 5.000 empregos”, informou a Azul em nota.
“Mesmo com todas essas ações, parte de seus tripulantes está deixando a empresa nessa semana. A companhia ressalta que está cuidando do assunto da melhor forma possível e oferecendo todas as garantias previstas em lei”, disse a empresa.
O Sindicato Nacional dos Aeroviários (SNA) tem se posicionado contra o fechamento de um acordo coletivo de trabalho porque diz ver indício de demissão em massa, sem a garantia dos direitos trabalhista. O sindicato vai levar o caso para o Tribunal Superior do Trabalho (TST).
Com a imposição de distanciamento social para conter o avanço do coronavírus, o setor de transporte aéreo tem sido um dos mais afetados pela crise econômica. A Azul registrou prejuízo líquido de R$ 6,1359 bilhões no primeiro trimestre deste ano – em abril, a empresa chegou a reduzir em 90% a quantidade de voos diários.
Já o grupo Latam Airlines e suas afiliadas no Chile, Peru, Colômbia, Equador e Estados Unidos entraram com um pedido de recuperação judicial nos EUA.
Grupo Latam Airlines entra com pedido de recuperação judicial nos EUA