Corinthians contrata jogador de “bingueiro”, em Bitcoin

O diretor de futebol do Corinthians, Duílio “do Bingo”, sócio do presidente Andres Sanches, iniciou a semana com quatro contratações, três delas para as categorias de base.

No caso do ex-santista Zeca, agenciado pela OTB de Bruno Paiva, sempre generosos com a cúpula alvinegra, o risco é grande.

A decisão liminar, que, segundo Duílio alegou em entrevista, permitiu a saída do atleta do Peixe, não implicaria em deixar de indenizar a equipe da Vila (o mérito será julgado apenas em abril), razão pela qual o Santos, em nota oficial, diz que entrará na justiça para cobrar R$ 150 milhões do Timão.

Levando-se em consideração que, recentemente, o clube contratou, por intermédio destes mesmos dirigentes, três laterais esquerdos (posição de Zeca), o risco parece bem maior do que a possibilidade de benefício.

Menos para os agentes e dirigentes, que terão um jogador valorizado para negócios futuros.

Bernardo Schucman
Bernardo Schucman

Sem constrangimento, até pelo fato dos órgãos fiscalizadores do Corinthians (CORI e Conselho) estarem nas mãos de aliados, Duílio “do Bingo” contratou o jogador Rael, do Avaí, segundo informações, agenciado pelo “bingueiro” Bernardo Schucman, que seria um dos sócios do clã “Monteiro Alves” no ramo da jogatina.

Em 2006, Bernardo era dono do Bingo Casa Verde, localizado (quando funcionando) à rua Doutor Cesar Castiglioni Junior, 164, inscrito no CNPJ 07.845.755/0001-36, da empresa Altman Promoções e Eventos Ltda – Me.

FOTO: Waldemar Augusto Pires Jr

Hoje, além de, aparentemente, se aventurar no submundo esportivo, Schucman é proprietário de mineradora de BITCOINS, a “RealBit Mining”, moeda virtual que vem sendo utilizada, também, para lavar dinheiro no futebol.

A negociação de Rael foi acertada para ser paga em Bitcoin (com consentimento do jogador), procedimento irrastreável, não regulamentado pelo Banco Central, que facilitará, tudo indica, a vida dos dirigentes alvinegros daqui por diante.

Os outros dois contratados são: Matheus Criciúma, que estava em Portugal e Rafinha, na Ferroviária, agenciados, respectivamente, por Wagner Ribeiro e Fernando Garcia, irmão do empresário Paulo Garcia, dono da Kalunga, co-gestor do Corinthians ao lado de Andres Sanches.

OUTRO LADO

NOTA DE ESCLARECIMENTO DE BERNARDO SCHUCMAN

Caro Sr Paulo, boa tarde.

Permita me apresentar, me chamo Bernardo Schucman.

Na tarde desta quarta-feira tomei ciencia sobre a reportagem investigativa realizada pelo senhor com o titulo “Corinthians contrata jogador de “bingueiro”, em Bitcoin, e arrisca finanças ao trazer Zeca, ex-Santos”, e por esta razão envio o presente e-mail, para que sejam esclarecidos os fatos reportados.

Vejo que o senhor é um repórter investigativo, que trabalha sério, premiado e que produz matérias de conteudo importante e de relevancia a sociedade.

Lendo a referida matéria publiclada hoje em seu blog, naturalmente, me senti muito agredido, constrangido e com minha imagem extramamente denegrida por estar sendo envolvido nesta matéria, pois tal fato pode me causar injustos prejuízos, tanto em minha vida familiar, social e profissional, uma vez que se quer tenho como explicar o motivo pelo qual meu nome esta lá.

Não tenho idéia de onde vieram as informações que foram utilizadas pelo senhor como base desta matéria, e por isso lhe escrevo este e-mail para que, em tempo, a matéria possa ser retificada e os fatos esclarecidos de forma apropriada.

Dos fatos citados em sua matéria, os unicos que realmente condizem com a realidade em relação a minha pessoa, são que: (a) sim, realmente em 2006 (12 anos atrás) fui proprietário do citado Bingo, porem tive de encerrar as atividades em razão da lei que passou a proibir e considerar ilegal esta atividade, não houve outra opção se não encerrar o estabelecimento; (b) A empresa REALBIT MINING é uma empresa de tecnologia em processamento de dados voltada para as atividade mineração de crypto moedas e soluções em plataforma blockchain, que sim, foi fundada por mim e tem suas atividades focadas principalmente no atendimento dos mercados norte-americano e asiático, com uma participação extremamente timida no mercado Brasileiro, em razão de incertezas regulatórias no pais.

Alem dos fatos acima expostos, posso lhe assegurar com a mais absoluta certeza, que se for atrás das demais informações e fatos que foram imputados a minha pessoa, concluirá que a fonte das informações passadas ao senhor foram caluniosas em relação a minha pessoa, o senhor facilmente concluirá que não tenho qualquer relação com negócios de natureza ESPORTIVA, não agencio, vendo ou compro, nao tenho expertise ou network, não tenho participação em empresas ou negocios desta natureza, trabalho com ciencias da computação e tecnologia da informação.

Veja bem, a matéria cit “agenciado pelo bingueiro Bernardo Schucman”, que faço parte/sócio do Clã “Alves” (?) , senhor Paulo, desde 2006, após a proibição dos bingos, me afastei desta atividade comercial, não mantive contato ou tenho conhecimento deste mercado, ja se foram 12 anos. Da mesma forma, como dito acima, nunca agenciei algum jogador, se quer tenho conhecimento ou contato com este tipo de negócio, o senhor pode apurar, afirmo.

Se há algum tipo de atividade irregular sendo exercida por estes clubes, agentes e jogadores, e se estão utilizando bitcoins para de alguma forma realizarem transações ilícitas, como mencionado em sua matéria, estes fatos devem ser apurados. Porém, nem eu, nem minha empresa tem qualquer relação com as pessoas e atividades citadas nesta matéria, minha empresa não vende Bitcoins, simplesmente prove a infra-estrutura para as atividade de mineração de cripto moedas e processamento de dados na plataforma blockchain, e tais atividade se quer são no Brasil.

Peço por favor ao senhor que verifique a qualidade das fontes e das informações utilizadas para esta matéria, pois meu nome e reputação estão expostos e podem sofrer sérios danos em razão das afirmadas inverdades relacionadas a minha pessoa nesta matéria. Estou certo que esta matéria tem seus fundamentos, e deve ser publicada, porém é necessário retifica-la para retirar meu nome, pois não sei como ou porque ou por quem, fora envolvido nesta história.

Reafirmo, não sou bingueiro, agente de futebol, sócio de clãs ou clubes, trabalho há anos com ciências da computação e tecnologia da informação de forma muito séria e tenho um nome e reputação a zelar com meus clientes, motivo pelo qual peço ao senhor urgente atenção a este caso, evitando-se danos que podem ser causados a mim por ter sido citado indevidamente dentro de uma matéria jornalística tão séria e que certamente deve ter seus créditos.

Por fim quero esclarecer que buscando no Google encontrei algumas matérias citando o referido jogador Rael e as mesmas informavam que os empresários do referido jogador seriam Maurice Cohen e Denis Mandelbaum.

Certo de seu entendimento, fico no aguardo de seu breve retorno.

Atenciosamente,
————————–
Bernardo Schucman

NOTA DE ESCLARECIMENTO DE DENIS MANDELBAUM

Paulinho bom dia, a materia que voce colocou esta errada sobre a compra do Rael, eu que fui o investidor….

Assim você esta difamando e caluniando pessoas que não tem nada a ver com isso.


NOTA DO BLOG DO PAULINHO

Denis Mandelbaun e Bernardo Schucman são sócios, conforme comprovam diversos documentos inseridos na JUCESP e também algumas matérias da imprensa, como a que destacamos a seguir:

http://www.gazetadopovo.com.br/tecnologia/o-proximo-mark-zuckerberg-sera-brasileiro-b90uflmy5afmckk0vryvuk5la

Não foi, portanto, no Google, que Bernardo teve o primeiro contato com o nome de Denis.

O Blog do Paulinho recebeu a informação sobre a transação do jogador Rael de fonte ligada ao mundo esportivo e não tem razões, diante do comprovado vínculo entre o confessado investidor e do nome revelado, primeiramente, na matéria, de duvidar de seu teor.

Muito menos a intenção foi a de caluniar ou difamar quem quer que seja, apenas a de noticiar e, se possível, esclarecer a verdade.

Ainda assim, o direito de resposta foi concedido, cabendo ao leitor melhor avaliação sobre o assunto.