IGP-M: índice que corrige o aluguel acelera alta a 1,56% em junho, diz FGV
Com este resultado, indicador acumula alta de 4,39% no ano e de 7,31% em 12 meses. O Índice Geral de Preços-Mercado (IGP-M) teve alta de 1,56% em junho, contra avanço de 0,28% em maio, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV) nesta segunda-feira (29).
Com este resultado, o índice acumula alta de 4,39% no ano e de 7,31% em 12 meses, bem acima da inflação oficial do país.
Em junho de 2019, o índice havia subido 0,80% e acumulava alta de 6,51% em 12 meses.
O resultado veio em linha com o esperado pelo mercado. A expectativa em pesquisa da Reuters era de uma alta de 1,51% no mês.
O IGP-M é utilizado como referência para a correção de valores de contratos, como os de aluguel de imóveis.
Alta de combustíveis
O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), que responde por 60% do índice geral, subiu 2,25% em junho, ante 0,59% em maio. Na análise por estágios de processamento, a taxa do grupo Bens Finais subiu 2,45% em junho. A principal contribuição para este resultado partiu do subgrupo combustíveis para o consumo, cuja taxa passou de -10,52% para 22,14%, no mesmo período.
“Em junho, os aumentos captados nos preços dos combustíveis responderam majoritariamente pela aceleração da taxa do IPA, índice com maior contribuição para o IGP. Entre os bens finais, cabe destacar o aumento da gasolina automotiva (-10,12% para 38,16%). Já entre os bens intermediários, a principal influência partiu do óleo Diesel (-16,08% para 11,65%)”, afirmou André Braz, Coordenador dos Índices de Preços.
Com peso de 30%, o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) variou 0,04% em junho, após cair 0,60% em maio. Seis das oito classes de despesa componentes do índice registraram avanço em suas taxas de variação. A principal contribuição partiu do grupo Transportes (-2,60% para 0,21%). Nessa classe de despesa, vale citar o comportamento do item gasolina, cuja taxa passou de -8,59% em maio para 0,40% em junho.
Também apresentaram acréscimo em suas taxas de variação os grupos Educação, Leitura e Recreação (-2,22% para -1,33%), Comunicação (0,02% para 0,41%), Vestuário (-0,25% para -0,11%), Habitação (-0,12% para -0,11%) e Despesas Diversas (0,16% para 0,21%). Nestas classes de despesa, vale mencionar os seguintes itens: passagem aérea (-16,69% para -10,08%), combo de telefonia, internet e TV por assinatura (0,00% para 1,06%), roupas (-0,22% para -0,06%), eletrodomésticos (-0,91% para 1,30%) e conserto de aparelho telefônico celular (0,22% para 1,21%).
Em contrapartida, os grupos Saúde e Cuidados Pessoais (0,26% para 0,19%) e Alimentação (0,49% para 0,45%) registraram decréscimo em suas taxas de variação. Nestas classes de despesa, destacam-se os itens artigos de higiene e cuidado pessoal (0,20% para -0,38%) e hortaliças e legumes (4,77% para 0,95%).
Com os 10% restantes, o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) variou 0,32% em junho, ante 0,21% no mês anterior. Os três grupos componentes do INCC registraram as seguintes variações na passagem de maio para junho: Materiais e Equipamentos (0,56% para 0,81%), Serviços (0,02% para 0,19%) e Mão de Obra que não variou pelo terceiro mês consecutivo.
Pandemia faz aumentar negociações de contratos de aluguel