Melhora na segurança alimentar em Alagoas
A situação da segurança alimentar em Alagoas teve uma melhoria significativa em 2024. No estado, 65,0% dos domicílios – o que equivale a 727 mil residências – estavam em uma situação de segurança alimentar, em comparação com 63,6% em 2023. Isso representa um aumento de 22 mil domicílios com acesso regular e permanente a alimentos a mais.
Mais lares alagoanos com acesso a comida, porém insegurança alimentar grave persiste em 56 mil residências
Apesar desse avanço, 35,0% dos domicílios em Alagoas, cerca de 391 mil, ainda enfrentavam algum grau de insegurança alimentar. Dentre esses, 56 mil estavam em uma situação de insegurança grave, que é caracterizada pela falta de comida no domicílio e uma ruptura no padrão de alimentação da família.
Os dados divulgados pelo IBGE hoje (10) são do módulo Segurança Alimentar da PNAD Contínua, em parceria com o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome. Esses resultados se somam a outras pesquisas sobre a mesma temática, permitindo traçar a evolução do combate à fome no país.
“A melhoria observada em Alagoas acompanha o cenário do Nordeste e do Brasil. Embora ainda haja desafios, é importante manter esse progresso e reduzir as situações mais críticas”, ressalta Alcides Tenorio Junior, superintendente do IBGE no estado.
Avanços seguem a tendência do Nordeste e do Brasil
O movimento de melhoria visto em Alagoas está alinhado com o que foi registrado no Nordeste e no país como um todo. Na região, a proporção de domicílios com segurança alimentar aumentou de 61,1% para 65,2%, enquanto a insegurança grave caiu de 6,3% para 4,8% entre 2023 e 2024.
Apesar dos avanços, Alagoas ainda apresenta um percentual de insegurança grave (5,0%) acima da média nordestina (4,8%) e nacional (3,2%). O estado está entre os três com os maiores índices de insegurança alimentar grave na região, ao lado da Bahia (5,4%) e do Maranhão (5,2%).
Dos 1,118 milhão de domicílios em Alagoas em 2024, 727 mil (65,0%) tinham segurança alimentar, enquanto 391 mil (35,0%) enfrentavam insegurança alimentar, com 253 mil (22,6%) em situação de insegurança leve, 83 mil (7,4%) em insegurança moderada e 56 mil (5,0%) em insegurança grave.
Metodologia: Escala Brasileira de Insegurança Alimentar
A pesquisa utiliza a Escala Brasileira de Insegurança Alimentar (EBIA), composta por 14 perguntas que avaliam a percepção das famílias sobre suas condições alimentares nos 90 dias anteriores à entrevista. As respostas permitem classificar os domicílios em quatro categorias: segurança alimentar, insegurança leve, insegurança moderada e insegurança grave. Nesta última categoria, a fome é uma realidade vivida no domicílio.
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