Com pandemia, 9,7 milhões de trabalhadores ficaram sem remuneração em maio, diz IBGE

No mês, chegou a 19 milhões o número de pessoas afastadas do trabalho. Nordeste e Norte foram as regiões que registraram os maiores percentuais de trabalhadores sem remuneração por causa da pandemia. Dados divulgados nesta quarta-feira (24) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram que, em maio, 19 milhões de trabalhadores estavam afastados do trabalho e, entre estes, 9,7 milhões ficaram sem sua remuneração.
O número de trabalhadores que ficaram sem remuneração corresponde a 11,5% da população ocupada no mercado de trabalho em maio. O IBGE destacou que no Nordeste este percentual chegou a 16,8%, enquanto no Norte ele foi de 15%.
“Nós já sabíamos que havia uma parcela da população afastada do trabalho e agora a gente sabe que mais da metade dela está sem rendimento. São pessoas que estão sendo consideradas na força mas estão com salários suspensos. Isso não é favorável e tem efeitos na massa de rendimentos gerada, que está estimada abaixo de R$ 200 bilhões”, comentou o o diretor adjunto de pesquisas do IBGE, Cimar Azeredo.
Dentre os 19 milhões de trabalhadores afastados do trabalho, 15,7 milhões (ou 18,6%) estavam afastadas devido ao distanciamento social.
Os dados fazem parte da Pnad Covid19, versão da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua realizada com apoio do Ministério da Saúde para identificar os impactos da pandemia no mercado de trabalho e para quantificar as pessoas com sintomas associados à síndrome gripal no Brasil.
Os primeiros números da pesquisa, divulgados na semana passada, mostraram que cerca de 1 milhão de pessoas perderam o emprego por causa da pandemia.