Dólar abre em queda, negociado ao redor de R$ 5,20

Na segunda-feira, a moeda norte-americana fechou em queda de 0,89%, vendida a R$ 5,2701. Notas de dólar
Reuters/Dado Ruvic
O dólar abriu novamente em queda nesta terça-feira (23), sendo negociado abaixo de R$ 5,20.
Às 9h01, a moeda norte-americana caía 1,18, vendida a R$ 5,2080. Na mínima até o momento chegou a R$ 5,19. Veja mais cotações.
Na segunda-feira, o dólar fechou em queda de 0,89%, vendida a R$ 5,2701. Na parcial do mês, tem queda de 1,24%. Em 2020, ainda acumula alta de 31,43%.
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Cenário externo
Na cena externa, os mercados reagiram com estresse depois que o assessor comercial da Casa Branca, Peter Navarro, disse à Fox News que o acordo comercial entre EUA e China estava “acabado”, mas a volatilidade foi reduzida após o presidente Donald Trump garantir que o acordo comercial entre os dois países permanece em vigor.
As bolsas da Europa subiam para uma máxima de quase duas semanas, impulsionadas pelos últimos dados econômicos que indicam que a atividade empresarial no continente está se recuperando mais rápido do que o esperado da crise causada pelo coronavírus.
Já a Organização Mundial do Comércio (OMC) projetou nesta terça um tombo de 18,5% no comércio mundial no 2º trimestre, mas passou a avaliar que a retração no ano será menos grave do que o inicialmente esperado graças à “reação rápida dos governos”.
Cena doméstica
Na cena local, o Banco Central divulgou a ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), na qual avaliou que o espaço para novo corte na Selic é ‘incerto e deve ser pequeno’. No encontro, realizado na semana passada, a taxa básica de juros da economia brasileira foi reduzida em 0,75 ponto percentual, para 2,25% ao ano – nova mínima histórica.
O BC também destacou que o dados relativos ao segundo trimestre confirmam a perspectiva de “forte contração” do Produto Interno Bruto (PIB) no período e sugerem que a atividade atingiu o seu menor patamar em abril, com recuperação “apenas parcial” em maio e junho.
Após 18 semanas, os economistas do mercado financeiro interromperam, na semana passada, as previsões de piora do Produto Interno Bruto (PIB) neste ano e mantiveram a estimativa de uma retração de 6,50%, segundo boletim Focus divulgado na segunda-feira pelo Banco Central.
Já a projeção para a taxa de câmbio no fim de 2020 continuou em R$ 5,20. Para o fechamento de 2021, ficou estável em R$ 5 por dólar.
Os investidores seguem de olho também no noticiário político e desdobramentos da prisão de Fabrício Queiroz, ex-assessor do filho do presidente Flávio Bolsonaro, da validação do inquérito das fake news pelo Supremo Tribunal Federal e da saída do governo do ministro da Educação, Abraham Weintraub.
Nesta terça, o Ministério Público e o Batalhão de Choque da Polícia Militar de Minas Gerais realizam uma operação na casa da madrinha de Fabrício Queiroz, ex-assessor de Flávio Bolsonaro, em busca da mulher dele, Márcia Oliveira Aguiar, que está foragida.
A incerteza política tem sido apontada por analistas como fator de pressão sobre o real, que também tem sido prejudicado em 2020 por um cenário de juros baixos e crescimento fraco no país.
Variação do dólar em 2020
Economia G1