Após paralisações, obras do Marco Referencial de Maceió, no antigo Alagoinha, são retomadas

Projeto tem uma área total de 3.685,05 m² e servirá de atração para os moradores e turistas. Alagoas Iate Clube encerrou suas atividades em 2005
Jonathan Lins/G1
As obras do Marco Referencial, que substituirá as ruínas do antigo Alagoinha, na orla de Ponta Verde, em Maceió, foram retomadas na manhã desta quinta-feira (18). A construção foi interrompida diversas vezes. A placa no local mostra que a previsão era que a obra fosse entregue em dezembro de 2017.
De acordo com o projeto, o empreendimento, que reunirá cultura, culinária e arte, terá uma área de 3.685,05 m² que abrigará praça de alimentação e eventos, concha acústica, quiosques, espaço cultural, camarins e mirantes com vista para o mar.
O governo de Alagoas informou que a previsão é que as obras sejam concluídas no início de 2021.Com recursos do Governo Federal e contrapartida do Governo do Estado, a obra está orçada em R$ 9,3 milhões.
A obra é realizada pela Secretaria de Estado da Infraestrutura (Seinfra), que já executou 40% da construção.
“A estrutura antiga foi condenada e tivemos que realizar uma nova estrutura, com pilar, fundação e laje. Já foi feita também toda a parte de alvenaria na área onde ficará a sala administrativa. Faltam alguns ambientes serem finalizados, como os camarins e banheiros. A expectativa é que dentro de seis meses a obra esteja pronta”, informou o superintendente de obras da Seinfra, Teógenes Café.
“Essa obra ficou paralisada por mais de um ano, e isso se deu não só com o Marco Referencial, mas com várias outras obras em diversos estados do país. Principalmente aquelas frutos de convênio com o Governo Federal, que, em decorrência da crise que iniciou em 2014, passou a ter problemas no repasse de recursos. Isso acabou impactando bastante o andamento das obras. Foi preciso também reavaliar e refazer projetos, repactuar com a Caixa Econômica Federal e com os Ministérios, e verificar a involução dessas obras para que elas pudessem ser retomadas de forma correta e sem nenhuma margem de risco para o gestor e, principalmente, para a população que será a usuária final”, disse o secretário. de Infraestrutura, Maurício Quintella.
Quando for concluído, o Marco Referencial será gerenciado pela Secretaria de Estado do Desenvolvimento Econômico e Turismo (Sedetur).
Histórico
O Alagoas Iate Clube foi fundado em 1963 em uma reunião presidida Dr. Jair Galvão Freire e secretariada por Paulo Nunes Costa. À época, foi feito um requerimento ao então Ministro da Marinha, almirante de esquadra Sílvio Borges de Souza Motta, solicitando a área para construção da nova sede.
Em 18 de fevereiro de 1964, a Capitania dos Portos de Alagoas, expediu a Licença Avulsa de construção do Alagoinha. O primeiro comodoro do clube foi Luiz Costa, irmão de Paulo Nunes Costa que assumiu até 2012.
Segundo o comodoro Contrim, que assumiu o cargo após o falecimento de Paulo Costa, no ano passado, o melhor período do clube em termos de associados foi na década de 90, quando o clube chegou a ter 2,3 mil sócios, dentre eles 1,8 mil eram contribuintes e o restante, sócios fundadores. O último registro antes do clube encerrar suas atividades, em dezembro de 2005, apontava apenas 38 sócios contribuintes adimplentes.
Placa das obras do Marco Referencial de Maceió
Reprodução/TV Gazeta
Projeto do Marco Referencial de Maceió, no antigo Alagoinha
Divulgação/Governo de Alagoas
Projeto do Marco Referencial de Maceió, que vai substituir ruínas do Alagoinha
Divulgação/Governo de Alagoas
Projeto do Marco Referencial de Maceió, no antigo Alagoinha
Divulgação/Governo de Alagoas
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