Ministro da Educação Abraham Weintraub participa de protesto sem máscara e causa aglomeração no DF
Durante o ato, ele disse a apoiadores que já tinha dado opinião sobre ‘vagabundos’. Termo foi usado por Weintraub durante reunião ministerial, em fala sobre ministros do STF. Ministro da educação encontra apoiadores do governo e provoca aglomeração; Sadi comenta
O ministro da Educação, Abraham Weintraub, participou neste domingo (14) de um ato de apoiadores do presidente Jair Bolsonaro na Esplanada dos Ministérios, em Brasília.
Weintraub estava sem máscara, assim como a maior parte dos manifestantes. O ministro provocou aglomeração, cumprimentou, tirou fotos e abraçou as pessoas.
No Distrito Federal, quem não usa máscara em áreas públicas pode ser multado em até R$ 2 mil, além de responder pelo crime de infração de medida sanitária. A pena, neste caso, pode chegar a um ano de prisão.
Questionado sobre impostos pagos para “funcionários corruptos”, Weintraub disse aos apoiadores que já tinha falado sua opinião sobre “os vagabundos”.
“Eu já falei a minha opinião, o que eu faria com vagabundo”, disse, sem deixar claro a quem se referia (veja vídeo).
Min. da Educação Abraham Weintraub participa de protesto sem máscara e causa aglomeração
Weintraub usou o mesmo termo na reunião ministerial de 22 de abril, quando defendeu a prisão de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e os chamou de “vagabundos”.
“Eu acho que é isso que a gente está perdendo, está perdendo mesmo. O povo está querendo ver o que me trouxe até aqui. Eu, por mim, botava esses vagabundos todos na cadeia. Começando no STF. E é isso que me choca. Era só isso, presidente”, disse Weintraub na reunião com Bolsonaro e outras autoridades.
Por conta dessa declaração, Weintraub passou a ser investigado no inquérito do Supremo Tribunal Federal que apura disseminação de fake news e ofensas a ministros da Corte. Em depoimento à Polícia Federal, colhido na sede do ministério, Weintraub optou por ficar em silêncio.
Weintraub chama ministros do STF de ‘vagabundos’ e defende mandá-los para prisão