Governo das Filipinas diz que deixará crianças fora das escolas até que se encontre a vacina do Covid-19
Milhões de crianças do país terão aulas online e/ou transmitidas pela televisão a partir de agosto. Funcionário desinfeta uma sala de aula dentro de uma escola, seguindo uma ordem do governo local em meio a novos casos de coronavírus no país, em San Juan, região metropolitana de Manila, nas Filipinas
Reuters/Eloisa Lopez
As aulas não serão retomadas nas Filipinas até que se encontre uma vacina contra o vírus causador da Covid-19, anunciaram as autoridades do país nesta segunda-feira (8).
“Vamos cumprir a diretiva do presidente (Rodrigo Duterte) de adiar as aulas presenciais até que uma vacina esteja disponível”, disse a secretária de educação Leonor Briones em comunicado.
As milhões de crianças do país terão aulas online e/ou transmitidas pela televisão a partir de agosto — formato que vem sendo adotado no Brasil, por exemplo, mas de maneira emergencial. Países como França e Coreia do Sul já retomaram as aulas presenciais.
A espera pela vacina pode ser longa e a duração é incerta. Apesar de algumas projeções mais otimistas considerarem que pode haver uma imunização efetiva ainda este ano, após o desenvolvimento ainda há o tempo de produção e distribuição, ou seja, é bastante provável que antes do próximo ano a população não tenha acesso a ela.
Crianças lavam as mãos em Manila, nas Filipinas
Noel Celis/AFP
Muitas pessoas no país vivem em profunda pobreza nas Filipinas, sem acesso à internet, o que será um desafio. “O professor e a escola terão que se ajustar dependendo da disponibilidade da comunicação”, disse Briones.
Com uma população de quase 100 milhões de habitantes, as Filipinas registram oficialmente 23.732 casos confirmados de infectados, com 1.027 mortes. Em abril, o polêmico presidente Rodrigo Duterte ameaçou atirar em quem fosse flagrado pela polícia descumprindo as ordens de isolamento social.