Ernesto Araújo diz que há ‘falta de independência’ na OMS
O ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, afirmou nesta terça-feira (9) que o Itamaraty, em coordenação com o Ministério da Saúde, acompanha “com muita preocupação” o papel da Organização Mundial da Saúde (OMS) durante a pandemia do novo coronavírus.
“Aparentemente há falta de independência da OMS, falta de transparência e, sobretudo, coerência em orientações sobre aspectos essenciais… A origem do vírus, o compartilhamento de amostras, o contágio por humanos, os modos de prevenção, a quarentena, o uso da hidroxicloroquina, a indumentária de proteção e agora na transmissibilidade por assintomáticos. Em todos esses aspectos a OMS foi e voltou, às vezes mais de uma vez. Isso nos causa preocupação”, disse Araújo em reunião ministerial pela manhã. O encontro teve a presença do presidente Jair Bolsonaro, o vice Hamilton Mourão e todos os ministros.
O chanceler reforçou que o Brasil e outros países apoiam desde maio uma investigação da conduta da OMS durante a pandemia. O processo de apuração teve iniciativa da União Europeia e da Austrália. “Alguns dizem que tem que esperar o fim da pandemia, mas eu acho que claramente não. Esse vai e vem da OMS prejudica os esforços dos países”, afirmou.
No dia 19 de maio, os 194 países membros da OMS, incluindo Estados Unidos e China, adotaram uma resolução que prevê uma “avaliação independente” da resposta da agência da ONU à pandemia de covid-19.
*Com Estadão Conteúdo