Indústria de bebidas tem queda de 23% na pandemia, diz diretor do Grupo Campari

O diretor-executivo do Grupo Campari no Brasil, Carlos Moura, afirmou que o mercado de bebidas alcoólicas registrou queda de 23% nas demandas a curto prazo em razão da pandemia da Covid-19.

Carlos Moura explicou, em entrevista ao Jornal da Manhã desta quarta-feira (3), que a principal causa para o recuo é o fato de cerca de 70% do consumo de bebidas destiladas, assim como de bebidas alcoólicas em geral, ser feito em ambientes “fora do lar”, como bares e restaurantes, fechados pelas medidas de restrição social.

O diretor-executivo explica que esse tipo de consumo é característico do Brasil, assim como de países como a Espanha. Por isso, analisando as similaridades, a empresa considerou os avanços e os efeitos da pandemia no país europeu, assim como nas operações asiáticas, para se adequar, antecipadamente, para as mudanças de produção e segurança sanitária.

O Grupo Campari definiu três prioridades, sendo elas “cuidar dos nossos camparistas, os nossos colaboradores e da comunidade onde a gente atua”, garantir a continuidade do negócio e da produção durante a pandemia e, em terceiro lugar, se preparar para o retorno das atividades comerciais.

Carlos Moura afirma ainda que uma das ações incluídas no pilar de segurança da empresa foi a manutenção dos empregos, desconsiderando qualquer redução de trabalhadores e de salários. Além disso, para auxiliar no combate à Covid-19 e nos cuidados da população, a empresa está atuando para garantir o abastecimento de álcool gel para oito hospitais de campanha de Pernambuco, onde a empresa atua.