Datafolha: rejeição a Bolsonaro chega a 43%; apoio se mantém em 33%
SÃO PAULO – A rejeição ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido) chegou ao seu maior patamar, mas as avaliações positivas sobre o governo mantiveram o nível de um mês atrás. É o que mostra pesquisa Datafolha divulgada nesta quinta-feira (28), em uma indicação de aprofundamento de uma polarização política assimétrica.
Segundo o levantamento, realizado entre 25 e 26 de maio – depois, portanto, da divulgação do vídeo da reunião ministerial de 22 de abril –, 43% dos brasileiros consideram a atual administração ruim ou péssima, o que corresponde a um salto de 5 pontos percentuais em relação à pesquisa anterior, de 27 de abril.
Por outro lado, as avaliações positivas do governo permanecem em 33%, ao passo que o grupo de eleitores que classificam a gestão como regular recuou de 26% para 22% no período. A pesquisa Datafolha ouviu 2.069 adultos de todas as regiões do país por telefone. A margem máxima de erro é de dois pontos percentuais para cima ou para baixo.
A radicalização de visões do eleitorado sobre o presidente aparece bem representado entre os mais ricos, com renda superior a dez salários mínimos. Segundo o levantamento, é neste grupo uma das maiores taxas de rejeição a Bolsonaro: 49%. Ao mesmo tempo, o nível de aprovação também supera a média neste recorte, com 42%. Apenas 8% dos mais ricos veem a gestão como regular.
A desaprovação do presidente hoje é maior entre o público com maior nível de escolaridade. De acordo com a pesquisa, 46% dos eleitores com curso superior têm avaliação negativa sobre o governo. Entre os eleitores com ensino fundamental, o número cai para 36%.
O vídeo da reunião ministerial foi assistido por 55% dos entrevistados. Neste grupo, a rejeição de Bolsonaro bate 53%. O grupo que acredita que o presidente nunca se comporta de forma adequada no cargo saltou de 28% para 37% de abril pra cá.
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