Correios estima que precisa de R$ 7 bilhões para cobrir gastos

Recursos necessários para os Correios se manterem em funcionamento

Diante de uma crise financeira sem precedentes, os Correios estimam que precisarão de um aporte financeiro considerável do Tesouro Nacional para conseguir manter suas operações e retomar a capacidade de pagamento. As projeções apontam que serão necessários R$ 2 bilhões ainda este ano e mais R$ 5 bilhões no próximo para equilibrar as contas e possibilitar que a empresa solicite empréstimos no setor financeiro.

Correios estima necessidade de R$ 7 bilhões para cobrir despesas

As discussões sobre um plano de ajuda financeira se intensificaram após a nomeação de Emmanoel Schmidt Rondon como presidente da estatal, substituindo Fabiano Silva dos Santos, que renunciou em julho. A mudança na liderança foi aprovada pelo Conselho de Administração, e há expectativas de que isso sensibilize a equipe econômica para encontrar uma solução adequada.

Resistência ao aporte financeiro
O Ministério da Fazenda reconhece a gravidade da situação, no entanto, membros da equipe econômica resistem ao aporte bilionário. Caso os recursos sejam liberados, os Correios passariam a ser considerados empresa dependente, o que exigiria que o governo incluísse todos os gastos da estatal, cerca de R$ 20 bilhões, no Orçamento da União, reduzindo o espaço para outras políticas públicas.

São levantadas questões sobre a continuidade da obrigação dos Correios de universalizar o serviço postal, um modelo deficitário que consome grande parte da receita da empresa. Atualmente, discute-se a possibilidade de compartilhar essa responsabilidade com outros atores do mercado, mantendo os Correios como mais um participante do setor.

Desafios financeiros e mudanças na gestão
A mudança na direção é considerada crucial antes de qualquer decisão. No primeiro semestre deste ano, o prejuízo da empresa mais do que triplicou em relação ao mesmo período do ano anterior. Com dificuldades para honrar compromissos financeiros, a empresa tem conseguido manter os salários em dia apenas postergando outros pagamentos.

A expectativa é que Rondon, um nome técnico, promova mudanças nas diretorias atualmente influenciadas pelo União Brasil. A saída de Fabiano Silva, criticado por seu desempenho e dificuldade em reduzir despesas, também impactará na gestão da empresa.

A empresa segue em busca de soluções para sua situação financeira e operacional, visando garantir a continuidade de seus serviços.

By Notícias Alagoas

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